O indicador disparou com transações “de transformação, construção, montagem, melhoria, renovação, modificação, conversão, com o objetivo de produzir um item novo ou realmente melhorado”, detalha o INE. Ignorando estas operações, as vendas ao exterior cresceram 8,6% em termos homólogos.
As exportações nacionais deram um salto homólogo de 23,5% em julho, um disparo que inverte a tendência de queda das vendas ao exterior dos últimos meses, mas causado sobretudo por “transações com vista a ou na sequência de trabalhos por encomenda”. Descartando estas operações, as exportações registaram um aumento de 8,6% e as importações cresceram 12,1%.
O indicador até havia recuado no mês anterior, levantando algumas desconfianças quanto ao impacto da procura externa na segunda metade do ano na economia portuguesa, mas os dados do INE divulgados esta segunda-feira pintam um cenário bastante mais animador, com o trimestre fechado em julho a fechar com uma subida homóloga de 5,8% das exportações.
A subida de julho foi conseguida sobretudo através das categorias de ‘fornecimentos industriais’, que acelerou 59,5%, e de ‘combustíveis e lubrificantes’, com 58,2%. Ainda assim, o INE detalha que boa parte destas transações correspondem a trabalho por encomenda, ou seja, sem transferência de propriedade.
“O trabalho por encomenda inclui operações de transformação, construção, montagem, melhoria, renovação, modificação, conversão, com o objetivo de produzir um item novo ou realmente melhorado. Não implica necessariamente uma mudança na classificação do produto”, explica a nota do INE, acrescentando que “nestas operações não existe alteração da propriedade económica dos bens”.