Extrema-direita alemã expulsará membros que queriam aliar-se a neonazis

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Os três políticos da AfD planeavam formar uma coligação com o partido sucessor da Partido Nacional Democrático Alemão (NPD) na Câmara Municipal de Lauchhammer e no conselho distrital de Oberspreewald-Lausitz, publicou o semanário 'Der Spiegel'.

A informação foi, entretanto, confirmada pela emissora pública de Berlim e Brandemburgo (RBB).

Segundo estas fontes, a intenção dos três elementos da AfD era formar um grupo denominado "AfD-Plus", que incluiria o representante do 'Die Heimat' Thomas Gürtler, iniciativa que deu origem a contestação no interior da própria AfD.

"Estamos chocados com o que aconteceu. Pessoalmente, acreditava que algo assim não seria possível no nosso partido", disse à RBB René Springer, presidente da AfD em Brandemburgo, o Estado federal que inclui Berlim e onde a AfD é particularmente forte.

Nas últimas eleições europeias, a AfD conseguiu ser ali o partido mais votado, com 27,5% dos votos, pouco mais de nove pontos do que a União Democrata Cristã (CDU), enquanto 'Die Heimat' recebeu apenas 3.826 votos (0,3%).

No mesmo dia realizaram-se também eleições municipais em Brandemburgo e no distrito de Oberspreewald-Lausitz, onde a AfD também emergiu como a força política mais votada (31,8%), à frente da CDU (17,6%) e do Partido Social-Democrata da Alemanha (17,1%), enquanto os neonazis 'Die Heimat' receberam 1,7% dos votos.

A decisão de iniciar um processo de expulsão dos três elementos da AfD surgiu após o 'Die Heimat' ter anunciado, na segunda-feira, a intenção de ambos os partidos colaborarem politicamente em Oberspreewald-Lausitz.

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