Extrema-direita holandesa abandona proposta de referendo sobre UE

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Desta forma, Wilders pretende atrair possíveis parceiros de coligação governamental face ao impasse político na Holanda que realizou eleições em novembro do ano passado, mas que ainda não conseguiu formar o Executivo.

O PVV venceu as eleições com 23,5% dos votos, mas está longe de poder formar um governo, pelo que teve de negociar com os principais partidos de direita: o Partido Popular para a Liberdade e a Democracia (VVD), o Novo Contrato Social (NSC) e o Movimento BBB.

Devido à relutância destes partidos em formar um governo com Wilders, conhecido pelas posições ultranacionalistas e racistas, o PVV abandonou nas últimas semanas algumas das promessas eleitorais, a última das quais, de acordo com uma atualização do programa do partido, era o referendo para sair da União Europeia (UE).

Em vez de deixar a UE, processo ao que chamou 'Nexit', numa referência ao 'Brexit' britânico, Wilders afirmou que tenciona dedicar esforços a "reformar a União Europeia a partir de dentro".

O PVV tinha anunciado a vontade de realizar um referendo sobre a saída da UE antes das próximas eleições europeias de 09 de junho.

O PVV, ultranacionalista, considerava que, ao transferir competências para a UE, "outros países decidiram sobre questões que são essenciais para os Países Baixos", ao mesmo tempo que defendia que as medidas climáticas de Bruxelas deviam ser "destruídas".

Wilders renunciou às aspirações de se tornar primeiro-ministro em março, mas não abandonou os esforços para estabelecer o partido como a principal formação política do governo holandês.

As últimas negociações entre os partidos de direita sugerem que o governo pode vir a ser constituído por tecnocratas.

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