Falta de segurança no comício de Donald Trump é "incompreensível"

2 meses atrás 72

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ANÁLISE

À SIC Notícias, o especialista em armamento e operações militares, Bryan Ferreira, diz ser "incompreensível" a falta de segurança que se registou no comício de Donald Trump e que culminou numa tentativa de assassinato ao próprio. Explica ainda que a utilização de coletes à prova de bala pelos candidatos políticos pode "afetar" a sua imagem perante o eleitorado e por isso não são utilizados com frequência.

Está em curso uma investigação sobre as falhas de segurança que resultaram numa tentativa de assassinato contra o republicano Donald Trump. No sábado, o candidato à Casa Branca foi atingido por um dos disparos, tendo sido visto com sangue a escorrer de uma orelha. Recentemente, uma televisão australiana concluiu que o autor do ataque, Thomas Crooks, teve 1 minuto e 54 segundos para subir ao telhado do edifício, encontrar a melhor posição para disparar e premir o gatilho.

O local dos disparos não teria qualquer controlo policial e estaria a apenas 120 metros de distância do pódio. Em entrevista à SIC Notícias, Bryan Ferreira fala na "falta de segurança do edifício" e diz ser "incompreensível" como foi possível acontecer um ataque desta dimensão.

Acrescenta que existiam várias formas das forças policiais terem garantido um perímetro de segurança em redor de Donald Trump como o isolamento dos edifícios ou a colocação de barreiras.

Coletes à prova de bala: sim ou não?

Bryan Ferreira explica que existem vários tipos de fatos que podem proteger os candidatos de eventuais ataques, no entanto, nem sempre este método de segurança é utilizado.

"Numa alta entidade, não se usa isso [colete à prova de bala], é impossível. Para já dava muito nas vistas, um candidato a presidente de um país não quer que se veja um colete que o proteja. Isso dá uma sensação de inferioridade a quem o observa."

A arma usada pelo autor do ataque no comício de Trump na Pensilvânia foi uma espingarda semi-automática AR-15.

O especialista português refere que este tipo de ataque deveria estar "completamente prevenido pelas equipas de snipers e por aquelas que fazem o bloqueio da zona" e que, nesta situação, a utilização ou não de um colete à prova de bala não faria qualquer diferença.

Os Serviços Secretos norte-americanos estão a ser duramente criticados perante a escolha dos agentes que escoltaram Donald Trump.

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