O Fórum das Famílias de Reféns e Desaparecidos de Israel, que junta familiares de reféns israelitas retidos na Faixa de Gaza, acusaram o governo do país de os abandonar.
Citado pelo jornal The Times of Israel, o grupo considerou que os reféns feitos pelo grupo extremista Hamas foram "abandonados pelo governo".
"Os reféns, e o Estado inteiro de Israel, foram sequestrados por aqueles que escolhem interesses políticos sobre os seus deveres nacionais", disse também, depois de uma reunião tensa entre familiares de reféns e autoridades israelitas, na quinta-feira.
Nesse encontro, segundo o mesmo Times of Israel, o conselheiro de Segurança Nacional de Israel, Tzachi Hanegbi, disse que o governo não irá pôr fim à guerra em Gaza em troca de garantir a libertação de todos os cativos.
Na terça-feira, Israel propôs a mediadores egípcios e do Qatar retomar as negociações para acordar a troca de reféns e discutir a demanda do grupo islâmico Hamas por uma "calma sustentável" em Gaza. A informação foi avançada pela agência de notícias espanhola EFE, citando uma fonte egípcia próxima do caso.
Em 7 de outubro de 2023, um ataque sem precedentes do Hamas em território israelita causou cerca de 1.200 mortos e duas centenas de reféns, segundo as autoridades de Telavive.
Após a troca de reféns e prisioneiros palestinianos durante a trégua de novembro, permanecem em Gaza 133 reféns, incluindo alguns já mortos, segundo as autoridades israelitas.
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