Fangueiro: «No Leixões, se recuares linhas contra o Real Madrid és assobiado»

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Em Matosinhos, no terceiro dia da sexta edição do Fórum Internacional da Quarentena da Bola - espaço de debate criado por Rémulo Marques, antigo jornalista e diretor desportivo com passagens por Boavista, Fafe, FC Zimbru, Leixões e Camacha -, a segunda sessão ficou marcada pela palestra de Carlos Fangueiro, atual treinador do Leixóes SC.

Com a presença exclusiva do zerozero como media partner, o treinador português abordou a temporada «complicada» no Leixões SC, o clube do seu coração, e falou dos fatores chave que levaram o emblema de Matosinhos ao objetivo da manutenção. Num discurso emocional, o técnico começou por falar das primeiras horas na chegada ao clube.

«Quando cheguei ao Leixões os níveis de confianças estavam baixíssimos. Era importante unir os adeptos ao clube. A minha vinda foi importante e nem falo nos aspetos da capacidade do treinador. Havia uma distância terrível entre os adeptos, o clube, cidade e jogadores. Queria que existisse uma grande proximidade entre jogadores e adeptos. E a comunicação foi no sentido de unir. Haviam adeptos que não iam ao Estádio do Mar há anos...», começou por introduzir.

«Jogas com o Real Madrid, Benfica ou o FC Porto, se recuas linhas e não marcas em 10 minutos, és assobiado. Existe uma identidade muito grande», continuou.

O treinador, por fim, detalhou alguns aspetos táticos que marcaram a diferença na reta final da temporada, contudo, voltou a reforçar o quão fundamental foi recuperar um «ambiente positivo» no clube e nos adeptos.

«Passámos por uma grande nuvem negra. Sentia-se no estádio uma aura muito negativa. Tive uma palestra com sentimento e ganhei o grupo logo à partida. Um grupo com 35 homens. O ambiente hiper negativo e uma falta de confiança terrível, o medo de descer de divisão. Era um momento terrível. Mas recuperei o grupo através da mensagem. E como a mensagem passava? Eles viam sinceridade na minha mensagem», finalizou.

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