Farfetch cai em bolsa 12% depois de ser conhecido que pode despedir 25% dos trabalhadores

9 meses atrás 94

As ações caem em bolsa 12% em Wall Street para 0,64 dólares. O market cap da empresa está em 224,13 milhões de euros.

A Farfetch pode vir a despedir até 25% dos trabalhadores, o que representa perto de 2.000 pessoas. A notícia foi publicada pelo jornal Público, mas já o fundador da Prozis, Miguel Milhão, avançou que disse no fim do mês passado, num podcast, que a Farfetch tem de encolher para metade; despedir 2.000 pessoas e reformular “de forma violenta”.

As ações caem em bolsa 12% em Wall Street para 0,64 dólares. O market cap da empresa está em 224,13 milhões de euros.

A derrocada dos títulos foi impulsionado com a notícia de que o marketplace de moda de luxo fundado e liderado por José Neves está a ser visado numa ação coletiva nos EUA que argumenta que a empresa, o primeiro unicórnio português, fez “afirmações enganadoras” que prejudicaram os investidores.

O escritório de advogados Faruqi & Faruqi, com sede em Nova Iorque, moveu uma ação coletiva nos Estados Unidos, acusando a empresa de supostas “falsas declarações” e omissões de informações cruciais sobre desafios operacionais, nomeadamente relacionados com a parceria com a Reebok.

O processo alega que a Farfetch deliberadamente ocultou informações, revelando apenas em agosto de 2023 as dificuldades enfrentadas na implementação dessa parceria com a Reebok.

A 28 de novembro empresa sediada em Londres anunciou que não iria apresentar os resultados trimestrais previstos para o dia seguinte, e também cancelou a habitual conference call com analistas.

No primeiro semestre do ano, a Farfetch registou prejuízos de 281,34 milhões de dólares, O que compara com lucros de 67,67 milhões no período homólogo de 2022.

Face à pressão do mercado, o fundador José Neves estará a avaliar a possibilidade de retirar a empresa – já vale menos de 400 milhões de dólares – de bolsa, com a ajuda do JPMorgan e da Evercore.

A saída de Wall Street pode ter o apoio de dois acionista da  empresa, a retalhista online chinesa Alibaba e o conglomerado de luxo suíço Richemont, segundo o jornal “Telegraph”.

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