Fartos do pontinho

O registo do Rio Ave é impressionante - cinco empates seguidos e 14 empates (!) em 27 partidas -, mas o do Gil Vicente, nas últimas cinco partidas, não foge muito da realidade rioavista (três empates nos últimos cinco jogos). Em suma, duas equipas saturadas do pontinho e com ânsia dos triunfos.

A equipa de Vila do Conde, que curiosamente apenas venceu a jogar em casa esta temporada, não vence há seis partidas, ao passo que, do outro lado, os gilistas não vencem há seis jogos.

Um momento complicado para ambos os conjuntos que procuram sacudir a pressão e dar um passo importante rumo à tranquilidade. O emblema riovista ocupa a 14ª posição da tabela (26 pontos), enquanto o Gil é 11º (28 pontos).

«Não jogamos para o empate»

Os últimos cinco empates consecutivos foi um dos principais temas na conferência de imprensa de antevisão de Luís Freire, mas o técnico recusou quaisquer tipo de rótulos associados ao empate.

«Não podemos confundir resultados com a intenção da equipa. Não jogamos para o empate. Somos das equipas que tem mais posse de bola, que mais procura criar e temos conseguido gerar muitas ocasiões de finalização, além de que muitas vezes pressionamos alto e disputamos o jogo pelo jogo. Queremos sempre mais em tudo, mas em casa já não perdemos há muito tempo, pelo que também há muita coisa que temos feito bem», realçou.

Vítor Campelos,  por outro lado, deixou elogios ao Rio Ave - «equipa bem treinada com bons jogadores» -, mas mostrou-se convicto no regresso às vitórias.

«É uma equipa bem treinada e sólida defensivamente, tem jogadores de qualidade, reforçou-se bem, com jogadores como o Umáro Embaló, João Teixeira, Aziz... Temos de estar precavidos. Vamos estar concentrados, com uma grande vontade de vencer e dar tudo durante o jogo. Podemos dizer que o Rio Ave é talhado para jogar em casa, mas há uns tempos o Gil Vicente não tinha pontos fora de casa e depois conseguimos mudar isso», apontou.