"Sinto muito esta perda, porque reconhecia o enorme talento que ele tinha e que foi sublinhando, sobretudo, com a gravação do 'Por este Rio Acima', que é um disco notável, é um clássico da música portuguesa e da canção de texto em Portugal", disse José Jorge Letria à agência Lusa.
A morte de Fausto Bordalo Dias, por isso, é "realmente uma perda terrível e irreparável, porque ninguém preenche este vazio e este lugar".
Referindo que Fausto era há muito cooperador da Sociedade Portuguesa de Autores (SPA), que preside, José Jorge Letria disse ter visto o artista "começar, gravar os primeiros discos, e fazer os primeiros espectáculos".
"Pessoalmente, como companheiro de canções dele durante muitos anos - e fui seu amigo também antes do 25 de Abril e durante o 25 de Abril - sinto profundamente esta perda, lamento muito que tenha partido".
Para José Jorge Letria, o "importante agora" é que os discos de Fausto "sejam ouvidos e reeditados, para podermos continuar a ouvir as suas canções brilhantes que marcaram tanto a nossa música".
Também a SPA, numa note de pesar sobre a morte do artista, lamenta a morte de Fausto considerando-o um dos maiores "cantores-autores de sempre da música portuguesa".
Endereçando o seu mais profundo pesar à família de Fausto, a SPA acrescenta que "tudo fará para que a sua obra continue a ser gravada e ouvida por muitos públicos, designadamente das novas gerações, ainda neste ano em que se comemoram os 50 anos do 25 de Abril".
Fausto Bordalo Dias morreu hoje, em casa, em Lisboa, aos 75 anos, vítima de doença prolongada.
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