Fenerbahçe e o boicote na Supertaça: «Lutamos contra um sistema injusto»

6 meses atrás 49

Mais um capítulo de uma histórica que já vai longa: o Fenerbahçe boicotou o duelo da supertaça turca, num encontro marcado frente ao Galatasaray. O conjunto de Istambul entrou em campo apenas com jogadores dos Sub-19, na tentativa de passar uma mensagem. Em comunicado oficial, a antiga equipa de Jorge Jesus demonstrou desagrado pela forma como têm sido tratados nas últimas duas décadas.

«Nos últimos 20 anos, o Fenerbahçe Sports Club tem lutado contra um sistema futebolístico injusto. A nossa comunidade continua a demonstrar postura contra a injustiça que vivemos no futebol turco, quer na questão desportiva, quer nas questões legais», pode ler-se, nos órgãos oficiais do clube.

Na mesma nota oficial, o emblema presidido por Ali Koç, entre muitos pontos, refere «o problema contra a injustiça» atingiu o auge «durante o jogo contra o Trabzonspor» do passado dia 17 de março: «Medidas de segurança inadequadas levaram centenas de pessoas a invadir o campo e a tentar atacar os jogadores.»

«Apesar das ações defensivas dos jogadores para se protegerem contra os atacantes organizados em Trabzon, a Federação Turca de Futebol considerou as tais ações dignas de punição», considerou ainda o emblema de Istambul.

Também o máximo líder do Fenerbahçe se pronunciou sobre o assunto, numa entrevista concedida ao site do clube, antes do embate da Supertaça ante o Galatasaray. 

«O futebol turco precisa de ser reiniciado agora. É hora de um reset do futebol turco. Estamos num período em que o pântano deve ser drenado e o futebol turco deve reconstruir-se. Não há necessidade de reinventar a roda. Independentemente da intenção, desejo e coragem, existe pessoal qualificado na Turquia para o fazer», disparou Ali Koç.

«Espero que as rebeliões justificadas do nosso clube e as ações que decidimos tomar por necessidade acendam o processo de limpeza que precisa de ser feito. Porque o futebol turco limpo tornou-se uma questão indispensável não só para o Fenerbahçe, mas também para os intervenientes no futebol e na República da Turquia. Este é o momento em que a imparcialidade, a concorrência leal e a ética desportiva devem estar em primeiro plano», disse ainda.

Ler artigo completo