Fernando Gomes define objetivo: «Hoje somos 240 mil atletas, em 2030 queremos ser 400 mil»

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O presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), Fernando Gomes, foi um dos oradores na sessão de abertura do Future Stage - SC Braga Sports Congress, que teve início, esta quarta-feira, na AMCO Arena. O dirigente subiu ao palco montado no pavilhão que acolhe as modalidades arsenalistas e, entre outros temas, apresentou um balanço da última década de trabalho na FPF.

Numa altura em que está na reta final do mandato e a preparar-se para deixar o cargo, Fernando Gomes fez referência ao plano estratégico da FPF, denominado Futebol 2030, e apontou a metas para serem atingidas até esse ano. Apesar de fazer um balanço positivo do trabalho realizado pela federação, o dirigente reconheceu que ainda há muito por fazer.

Fernando Gomes em discurso direto

Presença junto das crianças: «Na próxima época desportiva, estaremos em todos os 308 municípios portugueses, em cerca de 900 escolas e com 70 mil crianças a iniciar a sua atividade desportiva.»

Objetivo de aumentar números de atletas: «Somos hoje 240 mil atletas, 20 mil dos quais atletas femininas. Em 2030, queremos ser 400 mil e queremos ter 75 mil raparigas a jogar futebol.»

Crescimento do desporto federado: «O desporto federado é hoje mais forte do que nunca: mais jogadores, clubes, dirigentes, equipas e árbitros. Ao longo da última década, a FPF uniu as associações, dotou-as de recursos humanos para tentar que todos caminhassem à mesma velocidade, independentemente de serem do litoral ou do interior. Sabemos que temos um desafio demográfico pela frente, mas também sabemos que é da natureza desportiva superar desafios. Este é dos grandes, mas com planeamento saberemos responder. Estamos a responder.

Crescemos como nunca. Ganhámos como nunca no futebol, no futsal, no futebol de praia. Formámos mais árbitros e dirigentes. Construímos mais infraestruturas, embora saibamos que há muito por fazer. Criámos e reformulámos competições como a Liga 3, a Liga Revelação, a Liga BPI e a Liga Placard, masculina e feminina. Somos hoje melhores, somos hoje muito melhores.

Em 2011, quando aqui chegámos, tínhamos 13 seleções nacionais e hoje temos 28. Em 2011, organizávamos 23 provas nacionais, hoje temos 54. Temos um plano estratégico e sabemos para onde ir. Quer isto dizer que está tudo bem? Seguramente que não, mas acredito muito nos dirigentes e nos clubes, na sua capacidade para encontrar caminhos. Os nossos clubes têm sabido formar, fazer crescer e vender bem. Isso tem permitido atenuar um pouco a distância para os clubes de países não só com maior população, mas com campeonatos que se desenvolveram mais depressa e são hoje desejados pelo mundo.»

Mais tempo útil de jogo e adeptos nos estádios: «Definimos como objetivo até 2030 que se jogarmos mais tempo, será mais agradável ver os nossos jogos. Também depende de nós termos mais pessoas nos estádios. Temos hoje uma Liga estabilizada, a quem os clubes oferecem o apoio praticamente unânime e que tem pela frente os maiores desafios do nosso futebol: conseguir uma adaptação rápida e eficiente às mudanças nas provas europeias, fechar a centralização de direitos e entregar aos clubes os valores prometidos.»

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