Só faltou marcar
Dez milhões de euros. É este o valor que o FC Porto terá de pagar para ter Francisco Conceição em definitivo e começa a ficar claro que fará todo o sentido pagar. O ala voltou a ser o principal criador de perigo e isso nota-se especialmente na piores fases dos azuis e brancos. Na primeira, o filho do treinador, a par de Pepê, era o único que conseguia rasgar a monotonia e na segunda, foi o elemento mais perigoso. Para ter sido decisivo faltou apenas o golo naquele lance em que fletiu para o meio e rematou em arco ao lado. Quando conseguir aliar a finalização à arte vai ser um caso sério.
Ao meio sente-se tão bem
Pepê é daqueles jogadores que não joga mal. Seja na ala, seja a defesa direito e, neste caso, no meio. O brasileiro tem-se mostrado a bom nível nas costas do avançado e este jogo mostrou, mais uma vez, que essa pode ser a sua posição. Na primeira foi o elemento mais constante e usou a sua qualidade para tentar aumentar o ritmo. No segundo tempo juntou-se à festa na criação de oportunidades e só não marcou porque o chapéu a Andrew saiu ligeiramente por cima. A sua saída tirou capacidade de ter bola ao FC Porto.
Uma dupla liderada por um patrão
A dupla de centrais do Gil esteve a grande nível. Podia ser destacado Gabriel Silva, mas acaba por recair a «honra» no capitão Rúben Fernandes. Na primeira secaram qualquer lance perto da área, fosse em velocidade fosse pelo ar, estiveram muito sólidos. No segundo tempo tiveram mais dificuldades em lidar com as melhorias do FC Porto, mas, quando estabilizaram, ajudaram a equipa a segurar-se no jogo.
Enquanto teve pulmão...
É verdade que até saiu cedo do jogo, mas enquanto teve pulmão, Pedro Tiba foi um senhor no meio-campo. Entre a ocupação de espaços e o passe, foi muito importante no ritmo baixo que o Gil colocou no jogo. Ainda ficou perto do golo antes de sair, num belo remate de fora da área que tirou tinta ao poste de Diogo Costa.
Oportunidade perdida
Certamente entrou no 11 por gestão física de Galeno. Era mesmo uma das principais apostas para sair ao intervalo, mas aguentou mais uns minutos e aguentar parece ser um termo correto. Jogou descaído para a esquerda e pareceu sempre um peixe fora de água. Não teve lances de destaque ofensivo e falhou vários momentos de pressão. Perdeu uma oportunidade de ganhar pontos junto de Sérgio Conceição.
Faltou profundidade e atenção
A lesão de Zaidu deu-lhe o total controlo da esquerda da defesa, mas terá de ser melhor do que mostrou em Barcelos. O defesa não se entendeu com Iván Jaime e não deu a profundidade que uma equipa como o FC Porto precisa dos seus laterais. Depois, fica a ideia que podia ter gerido melhor o lance do golo do Gil Vicente. É verdade que o adversário aparece com grande intensidade, mas Wendell podia ter controlado melhor o espaço, para não ser surpreendido daquela forma.
GIL VICENTE
EMPATE
FC PORTO