Filho matou mãe com medicamentos dois dias depois do pai morrer de cancro

1 mes atrás 53

Um inquérito sobre as mortes de uma mulher idosa e do seu marido dias antes, ocorridas em 2016, na Tasmânia, Austrália, concluiu que a mulher morreu em resultado de drogas administradas pelo seu filho.

Nelda Edwards, de 88 anos, morreu dois dias depois do seu marido David, de 90 anos, na casa do casal em Sandy Bay, em 2016. O filho do casal, Stephen Edwards, que era médico na altura, admitiu ter administrado morfina, midazolam e clonazepam à mãe, mas negou que tenham causado a sua morte, noticia a Australian Broadcasting Corporation-

No entanto, os medicamentos tinha sido receitados ao marido, David Edwards, que sofria de cancro e de demência. Tratavam-se de medicamentos que só podiam ser receitados por um médico.

No inquérito sobre as mortes dos pais, é salientando que Stephen Edwards afirmou que a sua mãe morreu em resultado de algo que não conseguiu identificar - potencialmente um ataque cardíaco ou um AVC.

Disse que lhe administrou os medicamentos para dormir e para as dores nas costas, discurso que se mostrou inconsistente com o que disse à polícia em 2016, quando afirmou ter administrado os medicamentos porque ela estava a sofrer de "angústia existencial" pela morte do marido.

Em 2016, o homem também terá dito que suspeitava que a mãe tivesse morrido de insuficiência renal.

Avaliação das provas pelo médico legista

O médico legista Simon Cooper rejeitou "sem hesitação" as declarações de Edwards, considerando que o homem administrou os medicamentos "com a intenção expressa de causar a morte da sua mãe", afirmando que os medicamentos causaram efetivamente a morte da mãe.

Edwards foi acusado do assassinato da sua mãe e, juntamente com o seu irmão, de conspiração para obstruir a justiça.

"Não hesito em concluir que ele estava a mentir - não enganado ou confuso, mas deliberadamente a mentir - durante o seu depoimento no inquérito em relação ao seu envolvimento na morte da mãe e, em particular, à sua motivação para lhe administrar grandes doses de opiáceos e benzodiazepinas", afirmou Cooper.

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Conversa Amiga (entre as 15h e as 22h) - 808 237 327 (número gratuito) e 210 027 159

SOS Estudante (entre as 20h e a 1h) - 239 484 020 - 915246060 - 969554545

Telefone da Esperança (entre as 20h e as 23h) - 222 080 707 

Telefone da Amizade (entre as 16h e as 23h) – 228 323 535

Todos estes contactos garantem anonimato tanto a quem liga como a quem atende. No SNS24 (808 24 24 24 - depois deve selecionar a opção 4), o contacto é assumido por profissionais de saúde. A linha do SNS24 funciona 24 horas por dia.

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