O número de mortos causados pelo deslizamento de terras na região de Davao de Oro, no sul das Filipinas, na semana passada, subiu para 71, e 47 pessoas continuam desaparecidas, anunciaram as autoridades locais.
Outras 38 pessoas ficaram feridas mas sobreviveram, indicaram ainda as autoridades.
Pedras, lama e árvores caíram de mais de 700 metros de altura ao longo de uma montanha perto da mina e soterraram uma área de quase nove hectares, obrigando à retirada de mais de cinco mil habitantes da aldeia de Masara.
Entre os mortos, contam-se trabalhadores de uma mina na cidade de Maco, sul da ilha de Mindanau, que ficaram presos em dois autocarros que foram soterrados pouco depois do incidente.
Dezenas de membros das forças de segurança estão a prosseguir os esforços de busca e salvamento, apesar dos "desafios" que enfrentam, segundo o The Philippine Starr, citado pela agência de notícias EFE.
Vários deputados apresentaram petições na Câmara dos Representantes para que seja feita uma investigação rápida sobre o assunto, com o objetivo de rever as políticas do Gabinete de Minas e Geociências, uma agência do Departamento do Ambiente e dos Recursos Naturais do Governo filipino.
Entretanto, muitos dos sobreviventes continuam a ser abrigados em escolas da cidade e da vizinha Mawab, enquanto as autoridades procuram locais alternativos e são distribuídas tendas.
O sul das Filipinas tem sido palco, desde 28 de janeiro, de uma forte tempestade que já provocou deslizamentos de terra e inundações em várias zonas de Mindanau.
Desde então, pelo menos 18 pessoas morreram e 11 ficaram feridas noutros acidentes ao redor da ilha, de acordo com a informação divulgada pelo Conselho de Gestão e Redução do Risco de Catástrofes filipino.