Os bancos pioneiros colherão recompensas substanciais à medida que ajudarem as empresas e os consumidores a afastarem a economia de atividades com fortes emissões de carbono.
Clara Albuquerque, partner da Bain & Company, defende que “o financiamento dos bancos vai ser essencial para a transição global rumo a uma economia de baixo carbono, quer seja através de empréstimos, obrigações ou capital próprio, e os bancos líderes terão aqui uma oportunidade ímpar para incrementar os seus próprios resultados”.
A consultora diz ainda que os bancos pioneiros vão obter recompensas substanciais à medida que ajudarem as empresas e os consumidores a afastarem a economia mundial de atividades menos eficientes e responsáveis por grandes emissões de carbono.
Através de uma infografia intitulada “Financiar a transição para uma economia neutra em carbono” a Bain & Company relata a procura crescente por investimentos neutros em carbono.
Ora para alcançar o compromisso de evitar que as temperaturas subam mais de 1,5ºC acima dos níveis pré-industriais, serão necessários investimentos significativos em energias limpas e em veículos e equipamentos industriais de baixas emissões.
Por isso “espera-se que os bancos desempenhem um papel importante nesta transição, investindo até 600 mil milhões de dólares [559 mil milhões de euros] anualmente até 2030, num investimento que deverá atingir um valor incremental de até 2,3 biliões [2,14 biliões de euros] ao ano entre 2031 e 2050”, defende a consultora.
Os empréstimos e as locações financeiras vão liderar o caminho.
Os bancos vão gerar 44 mil milhões de dólares (41 mil milhões de euros) em receitas adicionais anualmente até 2030, principalmente através do crédito a empresas. Dos quais sete mil milhões de dólares (6,5 mil milhões de euros) na Europa e 19,3 mil milhões de dólares (18 mil milhões de euros) na América do Norte.