Fingiu o próprio rapto e agora terá de pagar indemnização de milhares

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Carlee Russell, uma mulher do estado norte-americano do Alabama, mentiu às autoridades sobre o seu próprio rapto e foi agora condenada a cumprir uma pena de liberdade condicional e ao pagamento de uma indemnização de 18 mil dólares (cerca de 16,6 mil euros) por prestar declarações falsas.

Segundo a estação ABC News, a mulher, de 26 anos, foi acusada de dois crimes por prestar declarações falsas à polícia, em julho do ano passado. Segundo o Departamento de Polícia de Hoover, Russell ligou para os serviços de emergência a 12 de julho para informar sobre a presença de uma criança pequena numa autoestrada, um dia antes do seu desaparecimento.

O alegado desaparecimento desencadeou uma busca a nível nacional, que envolveu as forças policiais locais e federais, e a mulher apareceu dois dias depois. No dia 15 de julho, disse à polícia que tinha sido levada por um casal quando parou para ver a criança que tinha denunciado na autoestrada. No entanto, segundo a polícia, a investigação não encontrou nenhuma prova de uma criança no local.

Durante a investigação do rapto, os agentes apuraram ainda que, horas antes de desaparecer, a mulher procurou no seu telemóvel por Alertas Amber (um sistema de alerta para raptos nos Estados Unidos), bilhetes de autocarro e o filme ‘Taken’, que conta a história de um pai que tenta salvar a filha de um rapto. 

Confrontada com o resultado da investigação, Carlee Russell admitiu às autoridades que não tinha havido qualquer rapto e que tinha inventado a história. Em outubro, foi condenada ao pagamento de uma indemnização de quase 18 mil euros e a cumprir um ano de pena de prisão, mas a defesa recorreu da decisão.

"A minha  cliente não viu uma criança na berma da estrada. A minha cliente não abandonou a zona de Hoover quando foi identificada como pessoa desaparecida. A minha cliente não teve qualquer ajuda neste incidente. Foi um ato isolado, cometido por ela própria", referiu, na altura, o seu advogado em comunicado.

Numa audiência na quinta-feira, a mulher declarou-se culpada das acusações e foi condenada a 12 meses de liberdade condicional supervisionada, serviço comunitário e provas de aconselhamento contínuo de saúde mental, além do pagamento de 17.974,88 dólares de restituição à cidade de Hoover.

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