FLEC-FAC apela a Portugal para denunciar "atrocidades" contra Cabinda

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"A direção política da FLEC-FAC apela ao Governo português para que denuncie claramente as atrocidades, crimes de guerra e graves violações do direito internacional humanitário, as ações repressivas do regime de João Lourenço no território de Cabinda", refere o comunicado hoje divulgado, assinado pelo porta-voz da Frente de Libertação do Enclave de Cabinda-Forças Armadas Cabindesas (FLEC-FAC), Jean Claude Nzita.

No comunicado, a organização que reivindica há vários anos a autonomia de Cabinda, província petrolífera angolana no norte do país, denunciou, hoje, que sete mulheres civis foram mortas pelo exército angolano, suspeitas de serem esposas de militares da FLEC-FAC, na fronteira de Mbata-Mbengi.

Segundo a nota, os militares angolanos lançaram uma vasta campanha de perseguição contra civis inocentes de Cabinda que vivem na fronteira.

"Perante as violações dos direitos humanos cometidas pelo exército angolano na fronteira entre Cabinda e a República Democrática do Congo, a FLEC-FAC apela ao primeiro-ministro português, Luís Montenegro, a condenar severamente os cabindas indefesos e exorta-o a denunciar a agressão do território de Cabinda pela invasão militarmente por Angola", adianta o comunicado.

De acordo com o documento, "o conflito militar está a ameaçar a segurança dos países vizinhos".

A FLEC mantém há vários anos uma luta pela independência do território, de onde provém grande parte do petróleo angolano, alegando que o enclave era um protetorado e não parte integrante do território angolano.

Os cabindenses lembram o Tratado de Simulambuco, assinado em 1885 pelos príncipes, chefes e oficiais do reino de Angoio e o representante da coroa portuguesa, Guilherme Augusto de Brito Capello.

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