Fluidez de um campeão nato

Atual bicampeão francês, o Lyon tem sido a grande referência do futebol feminino europeu nas últimas duas décadas. A equipa, além de dominar a realidade interna - com 16 campeonatos conquistados nas últimas 18 edições -, é também a maior detentora de títulos europeus, tendo conquistado oito (!) Ligas dos Campeões nas últimas 13 edições.  

Lyon
42 títulos oficiais

8	Liga dos Campeões Feminina
	2010/11, 2011/12, 2015/16, 2016/17, 2017/18, 2018/19, 2019/20, 2021/22
20	D1 Féminine
	1990/91, 1992/93, 1994/95, 1997/98, 2006/07, 2007/08, 2008/09, 2009/10, 2010/11, 2011/12, 2012/13, 2013/14, 2014/15, 2015/16, 2016/17, 2017/18, 2018/19, 2019/20, 2021/22, 2022/23
12	Coupe de France Féminine
	2002/03, 2003/04, 2007/08, 2011/12, 2012/13, 2013/14, 2014/15, 2015/16, 2016/17, 2018/19, 2019/20, 2022/23
2	Supertaça França Feminina
	2022, 2023

Com nomes como Wendie Renard, Selma Bacha, Sara Dabritz, Marozsnán, Cascarino, Le Sommer ou Ada Hegerberg (sendo que esta última estará fora das opções na primeira mão diante do Benfica, tal como Danielle van de Donk), esta é uma equipa que impõe respeito e que certamente vai criar muitas dificuldades ao Benfica. 

Treinado por Sonia Bompastor - técnica francesa de origens portuguesas -, o Lyon privilegia o sistema de 4x2x3x1, mas, sendo opções como Ada Hegerberg ou Van de Donk, o mais expectável é que alinhe num 4x3x3 a que o plantel também já se encontra bastante habituado.

Na baliza, há uma guarda-redes que dispensa qualquer tipo de apresentação. Christiane Endler, internacional chilena, já foi nomeada por diversas vezes para melhor jogadora na posição que ocupa, tendo, inclusive, vencido por uma ocasião, sendo que esteve presente no onze do ano em três. Com muita segurança e agilidade, é dona da baliza do Lyon.

Numa linha de quatro defesas, Vanessa Giles e Griedge Mbock ocupam a zona central, com Ellie Carpenter e Selma Bacha a serem as laterais de serviço. Rápidas na pressão e muito verticais na ala, é também por esta zona que as gones se podem mostrar mais atrevidas em campo.

O meio-campo, esse, já pode ser mais variável. Sendo que Danielle van de Donk não irá alinhar na primeira mão, será expectável que o Lyon alinhe com um setor constituído com três jogadoras, mas com muito apoio do setor mais avançado. Damaris Egurrola, Sara Dabritz e Dzsenifer Marozsán demonstra uma grande capacidade técnica que pode causar vários problemas ao setor intermédio do Benfica, igualmente pela velocidade.

Na frente, opções não faltam. Não só por serem máquinas de golos, mas também pela entrega que dão a cada jogo. Ada Hegerberg é um dos grandes nomes deste Lyon (e do panorama mundial) - sendo até a segunda melhor marcadora da Liga Francesa, mas não é só dela que se faz este ataque. Eugénie Le Sommer e Delphine Cascarino são prata da casa e, aliadas a Kadidatou Diani, são outras das valências poderosas da ofensiva gaulesa. Com velocidade, criatividade e muito bom entrosamento, são um verdadeiro pesadelo para as defesas adversárias.

Este é o onze-tipo do Lyon: