FNAM acusa Governo de coagir médicos para aderir a regime de dedicação plena

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Denuncia a Federação Nacional dos Médicos que “alguns serviços de recursos humanos, diretores de serviço e de departamento estão a coagir os médicos a aderir à DP, através do exercício de pressão e/ou ameaças veladas”.

A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) acusou esta quinta-feira o Governo e o Ministério da Saúde de pressionar as administrações das Unidades Locais de Saúde a coagir os médicos hospitalares a aderir ao novo regime de trabalho de dedicação plena.

Considera esta Federação que este regime é de adesão “totalmente voluntária e individual”, sendo que os médicos “não podem ser sujeitos a qualquer tentativa de pressão por parte de superior hierárquico”. Detalha a FNAM que tem conhecimento de “relatos de que esta realidade se está a disseminar pelas várias instituições”.

Denuncia a FNAM que “alguns serviços de recursos humanos, diretores de serviço e de departamento estão a coagir os médicos a aderir à dedicação plena, através do exercício de pressão e/ou ameaças veladas” em cinco pontos: “alterar unilateralmente o horário vigente e individualmente acordado; influir desfavoravelmente nas condições de trabalho; transferir o médico para outro local de trabalho, sem acordo; retirar ou alterar as funções ou área de trabalho do médico e recusar ou dificultar a realização de formação profissional”.

Por fim, a FNAM alerta todos os médicos que, antes de aderirem à dedicação plena, caso seja essa a sua vontade, “deverão solicitar por escrito informação sobre horário e condições de trabalho, bem como compromissos assistenciais a que estarão sujeitos de acordo com as especificidades previstas na dedicação plena e que ainda estejam por aplicar nas suas instituições”.

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