Em 280 páginas, os peritos apontam também o que ainda falta fazer.
Tiago Oliveira, presidente da Agência para a Gestão Integrada dos Fogos Rurais, deixou na RTP um apelo a mais prevenção, com maior eficácia e maior envolvimento com os proprietários e as empresas de silvicultura e os municípios, para evitar a propagação dos incêndios que possam ocorrer.
O relatório da AGIF aponta nomeadamente a importância de financiar os planos sub-regionais de combate aos incêndios e de prevenção, e de garantir o cumprimento do programa nacional e o acompanhamento político e técnico, de forma a fazer reformas do financiamento dos municípios.
Tudo isto a par da alteração do regime sucessório, para permitir aos proprietários responsabilizarem-se pelos terrenos.
"Vai haver sempre incêndios", lembrou Tiago Oliveira, "mas temos de preparar o território para ter menos vegetação arbustiva e herbácea".
O especialista recomenda ainda a profissionalização dos corpos de bombeiros e dos sapadores florestais. Em 2023 este corpo já havia sido reforçado profissionalmente a 70 por cento, apoiado por voluntários, lembrou.
"É importante, para termos pessoas durante o inverno a fazer o trabalho de manutenção", considerou, frisando o "grande trabalho que o país fez".
"Estamos no bom caminho", reconheceu, "mas ainda não fizemos o suficiente", alertou.