Força Aérea ucraniana alerta para escassez de mísseis antiaéreos

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Num discurso transmitido na televisão estatal, Yuriy Ihnat explicou que a Ucrânia utilizou “uma reserva considerável” de mísseis para se defender dos ataques russos recentes e admitiu que estão com “um défice de mísseis guiados antiaéreos”.

Nestes quase dois anos de guerra, a Ucrânia tem dependido fortemente da ajuda militar e financeira dos seus aliados ocidentais, mas disputas políticas atrasaram o desbloqueio dos principais pacotes de ajuda para este ano.

Nos Estados Unidos, por exemplo, as negociações sobre o envio de ajuda para a Ucrânia estão paralisadas devido a um bloqueio republicano no Congresso. No final de dezembro, a Casa Branca aprovou a última tranche de ajuda militar disponível para a Ucrânia e no sábado, o New York Times informou que funcionários da Casa Branca e do Pentágono alertaram que o fornecimento de mísseis Patriot para a Ucrânia corre o risco de se tornar insustentável em breve, uma vez que cada um destes mísseis custa em média entre dois a quatro milhões de dólares.

O porta-voz da Força Aérea ucraniana disse esperar que os atrasos nos pacotes de ajuda ocidentais sejam resolvidos em breve.

"Temos cada vez mais equipamentos ocidentais hoje e, consequentemente, precisam de manutenção, reparo, atualização, reabastecimento e munições correspondentes", apelou Ihnat.
Rússia intensifica ataques com mísseis
O défice de mísseis é reportado numa altura em que a Rússia tem intensificado os ataques com mísseis e drones contra a Ucrânia nas últimas semanas, tendo disparado centenas de mísseis e drones contra cidades ucranianas que estão muito atrás da linha da frente da guerra.

Só na segunda-feira Moscovo disparou 51 mísseis de vários tipos contra cinco regiões ucranianas. O ataque fez pelo menos quatro mortos e dezenas de feridos.

Kiev diz ter destruído 18 destes 51 mísseis russos lançados contra “infraestruturas importantes”, uma taxa de eliminação muito menor do que o normal, o que Kiev atribuiu ao grande número de mísseis balísticos disparados pela Rússia, que são mais difíceis de intercetar.

Já no final de dezembro, Moscovo desencadeou o maior ataque aéreo contra a Ucrânia desde o início do conflito. A 29 de dezembro, a Rússia disparou 158 drones e mísseis, incluindo mísseis hipersónicos, contra alvos civis em toda a Ucrânia, matando pelo menos 47 pessoas.

c/ agências

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