Forças israelitas acusam UNRWA de "cair para um novo nível"

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"Nove dos seus funcionários podem ter participado no maior massacre de judeus desde o Holocausto. E não, esta não é uma evidência 'fabricada' por nós", sublinhou Nadav Shoshani, porta-voz internacional das Forças Armadas de Israel (IDF), através da rede social X.

"A sua agência de 'ajuda' caiu oficialmente para um novo nível e está na hora de o mundo ver a sua verdadeira face", acrescentou.

Uma investigação da ONU hoje divulgada admite que nove trabalhadores da UNRWA "podem ter estado envolvidos" nos ataques do Hamas de 07 de outubro contra Israel.

O Gabinete de Serviços de Supervisão Interna da ONU (OIOS) concluiu que em nove dos 19 casos investigados as provas disponíveis "indicam que os funcionários da UNRWA podem ter estado envolvidos nos ataques armados" dos islamitas palestinianos, segundo um porta-voz das Nações Unidas, Farhan Haq.

Haq acrescentou a necessidade de "avaliar que outros passos são necessários para corroborar e avaliar completamente" a informação, recordando ainda que as investigações dos serviços internos da ONU são confidenciais, escusando-se a dar mais pormenores sobre o conteúdo das provas.

A ONU não tem jurisdição criminal sobre os seus funcionários e a investigação foi administrativa, sendo as sanções disciplinares a ferramenta para responder a qualquer má conduta, violação da organização e da lei administrativa, noticiou a agência Efe.

Do total de 19 funcionários identificados, um morreu e a ONU não acredita que os restantes estejam sob custódia israelita.

No final de janeiro, as autoridades israelitas acusaram 12 funcionários da UNRWA de envolvimento no ataque de outubro, levando à suspensão de financiamento por parte de vários países. Posteriormente, foram acrescentados outros sete nomes à lista.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu imediatamente uma investigação ao OIOS.

O ataque do Hamas, no poder em Gaza desde 2007, contra Israel, a 7 de outubro causou a morte de mais de 1.200 pessoas e 250 reféns, segundo as autoridades israelitas.

Em resposta, Israel lançou uma ofensiva em Gaza que causou, até à data, mais de 39.600 mortos, segundo dados do Ministério da Saúde do governo de Gaza, liderado pelo Hamas.

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