Fortes laços entre China e Rússia são "escolha estratégica", clama Xi Jinping

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Manter e desenvolver as relações entre a China e a Rússia é uma escolha estratégica feita por ambas as partes, com base nos interesses fundamentais dos nossos povos”, afirmou Xi Jinping durante uma reunião com o primeiro-ministro russo, Mikhail Mishoustin, em Pequim.

O presidente chinês defende que os dois países devem “ampliar constantemente os efeitos positivos dos laços políticos de alto nível” e “aprofundar a cooperação nos domínios da economia, comércio, energia, conetividade e outros setores”.

Xi frisou ainda que a "China apoia o povo russo a seguir a via de desenvolvimento da sua escolha" e destacou a "forte resiliência", "amplas perspetivas" e "solidez" da cooperação bilateral.

A reunião foi a última de uma série de intercâmbios entre os líderes chineses e russos este ano, que incluiu duas reuniões entre Xi e Putin.O líder chinês sublinhou ainda que o comércio bilateral entre China e Rússia atingiu 200 mil milhões de dólares (mais de 182 mil milhões de euros) nos primeiros 11 meses do ano, uma meta delineada pelas autoridades dos dois países.

Em fevereiro de 2022, pouco antes do início da invasão  da Ucrânia, o Presidente russo, Vladimir Putin, e o seu homólogo chinês, Xi Jinping, proclamaram em Pequim uma "amizade sem limites" entre as suas nações.
As relações entre os dois países têm-se mantido e reforçado desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, apesar das sanções ocidentais contra Moscovo e dos avisos do G7 aos países que contribuíssem para o esforço de guerra russo.
Desde então, Moscovo e Pequim têm afirmado que os seus laços "não ameaçam nenhum país" e que visam "promover um mundo multipolar".

A China tem mantido uma posição ambígua no conflito.
Pequim apelou ao respeito pela "integridade territorial de todos os países", incluindo a Ucrânia, e atenção às "preocupações legítimas de todos os países" com a segurança, em referência à Rússia.

No final de um encontro com o seu homólogo chinês, o primeiro-ministro russo, considerou as relações entre Pequim e Moscovo "nunca foram tão boas".

Segundo o primeiro-ministro chinês, Li Qiang, “sob a liderança estratégica do presidente Xi Jinping e do presidente Putin, as “relações entre os dois países continuam a manter-se num nível elevado”.

A visita de Mikhail Mishoustin à China, a segunda em 2023, visa reforçar ainda mais a cooperação económica e "contrariar as pressões externas", segundo especialistas citados pelo jornal oficial chinês Global Times.

A visita do primeiro-ministro russo a Pequim, entre terça e quarta-feira, acontece dois meses depois do presidente russo, Vladimir Putin, se ter encontrado com Xi Jinping na capital chinesa. Um general chinês de alta patente foi também recebido em Moscovo em novembro.

Em novembro passado, o vice-primeiro-ministro chinês, Ding Xuexiang, e o seu homólogo russo, Andrei Belousov, acordaram em Pequim aumentar a cooperação em matéria de investimento entre os dois países, bem como "reforçar a coordenação e elaborar planos a longo prazo".
Pequim quer expandir cooperação energética com Moscovo

Pequim pretende expandir a cooperação energética com a Rússia ao longo de todas as fases de produção, afirmou o embaixador chinês na Rússia, Zhang Hanhui, à agência estatal russa RIAnews, numa entrevista publicada na terça-feira.

"A China espera alargar a cooperação ao longo de toda a cadeia de produção na indústria energética", afirmou o enviado à RIA, antes da reunião do primeiro-ministro russo com os principais dirigentes chineses.

"Perante as flutuações do mercado mundial da energia e perante os riscos e desafios externos, a Rússia e a China aderem sempre aos princípios da confiança mútua e do benefício mútuo, aumentam constantemente a cooperação no domínio da energia e contribuem assim de forma positiva para garantir a segurança energética mundial", acrescentou Zhang.O embaixador afirmou que a China espera estabelecer um modo de cooperação a longo prazo e mais estável com a Rússia para um progresso substancial no projeto o mais rapidamente possível.

Zhang disse ainda que os dois países estão em conversações ativas sobre o projeto russo do gasoduto Power of Siberia 2, incluindo sobre a tecnologia do projeto, o negócio e o modo de cooperação.

"Os lados precisam de conduzir uma investigação e demonstração rigorosa, científica e sistemática para um projeto de tão grande escala", rematou Zhang.

c/ agências

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