De acordo com o espaço Narrativa, em comunicado, "Nothing Personal -- The Back Office of War", a ser inaugurada na sexta-feira apresenta, pela primeira vez em Portugal, "um trabalho repleto de atualidade e de sarcasmo, que mostra os bastidores das guerras".
As imagens incluídas neste trabalho de Nikita Teryoshin foram captadas entre 2016 e 2023 em exposições e feiras de armas na Europa, em África, na Ásia e nas Américas do Norte e do Sul.
Com este trabalho, o fotógrafo quis "mostrar o submundo desta indústria, em que chefes de Estado, generais e empresários assistem a demonstrações da letalidade das armas de copo na mão, como se de uma exposição de arte se tratasse".
"Teryoshin oculta deliberadamente os rostos dos homens e mulheres presentes, pois não é sua intenção atribuir culpas a indivíduos. Os comerciantes de armas anónimos podem ser vistos como uma metáfora de um negócio que opera na sombra, fugindo à atenção dos meios de comunicação social", refere a Narrativa.
Com o trabalho "Nothing Personal -- The Back Office of War" agora apresentado em Portugal, o fotógrafo russo venceu, em 2020, o primeiro prémio do World Press Photo na categoria Assuntos Contemporâneos.
Já este ano, o livro, homónimo, editado pela Ghost Books, valeu a Nikita Teryoshin o prémio de melhor livro de fotografia na categoria criativa do festival PhotoEspaña.
A inauguração de "Nothing Personal -- The Back Office of War" esta marcada para as 19:00 de sexta-feira e conta com a presença do fotógrafo.
Além disso, no domingo, Nikita Teryoshin irá conduzir uma conversa na Narrativa, durante a qual os participantes poderão ficar a conhecer de perto o processo de trabalho do fotógrafo.
As inscrições para a conversa devem ser feitas através do 'site' oficial da Narrativa, em www.anarrativa.com.
A mostra, de entrada livre, fica patente até 21 de dezembro.
O espaço Narrativa, inaugurado em 2022, é um ateliê, galeria, biblioteca e associação sem fins lucrativos que tem como missão a partilha e a valorização da Fotografia como forma de expressão e de comunicação.
Leia Também: Moscovo nega negociações para travar ataques a infraestruturas energéticas