"A França não tem 'mercenários', nem na Ucrânia nem noutro local, ao contrário de outros. Trata-se de uma nova manipulação grosseira russa. Não se deve conceder importância, como sucedeu com afirmações precedentes e às que não deixarão de surgir", acrescentou o Quai d'Orsay.
Na quarta-feira a Rússia reivindicou um ataque efetuado na véspera contra um edifício onde estariam deslocados "mercenários franceses" em Kharkiv, a segunda cidade da Ucrânia, e que segundo as autoridades locais provocou ferimentos em 17 civis.
"O ministério da Defesa russo afirma ter matado 'mercenários franceses' mas na realidade atingiram infraestruturas energéticas e médicas", reagiu a organização não-governamental (ONG) All Eyes on Wagner em mensagem na rede social X.
Estas acusações russas surgiram na sequência de um anúncio na terça-feira pelo Presidente Emmanuel Macron sobre o fornecimento a Kyiv de outros 40 mísseis de longo alcance Scalp e a assinatura de um acordo de segurança com a Ucrânia.
Hoje, os aliados da Ucrânia também anunciaram em Paris uma "coligação de artilharia" para responder às urgentes necessidades de armamento de Kyiv.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, desencadeada em 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Os aliados ocidentais da Ucrânia têm fornecido armas a Kyiv e aprovado sucessivos pacotes de sanções contra interesses russos para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra.
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