França insatisfeita com acordo europeu sobre importações da Ucrânia

6 meses atrás 69

Os Estados-membros da União Europeia (UE) e o Parlamento Europeu (PE) concordaram hoje com a imposição de um limite máximo, a partir de junho, às importações agrícolas ucranianas isentas de direitos aduaneiros.

"O acordo ainda não é o que esperávamos", disse Fesneau, acrescentando que "registaram-se alguns progressos, mas não são suficientes".

O ministro explicou que a França gostaria de "incluir mais cereais" e que "há uma questão sobre o trigo em particular", que não está incluído no acordo, assim como a cevada.

Entre os produtos abrangidos contam-se ovos, aves de capoeira, açúcar, mas também aveia, milho e mel, anunciaram as instituições europeias, respondendo a uma das principais fontes de indignação do setor.

Fesneau defendeu a necessidade de encontrar um equilíbrio "e ao mesmo tempo a necessidade de estabilizar os mercados a nível europeu".

"O trabalho vai continuar, uma vez que ainda há votações nas comissões parlamentares, não chegamos ao fim", afirmou.

O acordo renova por mais um ano a isenção de direitos aduaneiros concedida à Ucrânia em 2022, após a invasão da Rússia.

A UE acrescentou "mecanismos de salvaguarda" destinados a certos produtos "particularmente sensíveis", sem incluir o trigo e a cevada, de acordo com um comunicado do PE.

Os agricultores europeus manifestam-se há várias semanas contra o Pacto Verde Europeu, um pacote de legislação ambiental, e contra as importações provenientes da Ucrânia, acusando o fluxo de produtos ucranianos de baixar os preços locais e de constituir uma concorrência desleal.

Ler artigo completo