França. Taxa de participação até às 12h ultrapassa a das últimas eleições

A taxa de participação para a segunda volta das legislativas em França até às 12h00 locais fixou-se nos 26,63%, uma subida significativa em relação às últimas eleições e também em relação à primeira volta, realizada na semana passada.

Trata-se de um aumento de 7,5 pontos em relação ao ato eleitoral de 2022, confirmando-se também uma ligeira subida em relação à mesma hora na primeira volta, quando a participação era de 25,9% - menos 0,7 pontos percentuais.

A taxa de participação para esta segunda volta é calculada de maneira diferente em relação à primeira volta, uma vez que já foram eleitos 76 deputados na primeira volta - e por isso são menos os convocados a votar este domingo.

Entre os 76 mandatos já atribuídos, a União Nacional consegue 39 deles, com a Nova Frente Popular a já ter garantido 31 deputados. O Ensemble, a coligação que inclui o partido de Emmanuel Macron, conseguiu apenas dois deputados na primeira volta.

Entre os outros 501 mandatos que vão ser decididos este domingo, mais de 400 serão duelos a dois, 89 são confrontos entre três forças políticas e dois são confrontos a quatro.

Há ainda o caso caricato do segundo círculo eleitoral da Guiana Francesa, onde há apenas um candidato a votos, já que o segundo colocado na primeira volta desistiu.

As assembleias de voto na França continental abriram este domingo às 8 horas locais (7h00 em Lisboa), com as urnas a ficarem abertas até às 18 horas (17 horas em Lisboa) nas vilas e cidades pequenas ou até às 20 horas (19 horas em Lisboa) nas principais cidades do país, altura em que serão conhecidos os primeiros resultados.

Na primeira volta, a 30 de junho, a União Nacional conseguiu vencer pela primeira vez as eleições legislativas. Obteve 33,10% dos votos, seguido da aliança de esquerda Nova Frente Popular com 28%, a lista presidencial Juntos (Ensemble, em francês], que obteve 20%, enquanto a direita e os Republicanos se ficaram pelos 6,7%.

Segundo uma sondagem divulgada na quarta-feira pelo instituto Toluna Harris Interactive, a União Nacional poderá conseguir entre 190 e 220 lugares, insuficientes para alcançar a maioria absoluta (289 lugares), o que pode colocar em causa que o líder do partido, Jordan Bardella, se torne primeiro-ministro.

Já a coligação de esquerda, Nova Frente Popular, poderá obter entre 159 a 183 lugares e a coligação presidencial Juntos (Ensemble, em francês) conseguirá obter 110 a 135 lugares.

Em caso de não existir uma maioria clara e não houver acordos entre os partidos para uma coligação governamental, pode verificar-se um impasse, uma situação inédita em França.