Funcionário hospitalar em Madrid morre após sofrer pontapé nos testículos

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O funcionário de um centro sanitário em Madrid, Espanha, morreu após ter recebido um pontapé nos testículos por parte de um doente.

Segundo conta o diário espanhol ABC, o homem encontrava-se a exercer as suas funções de auxiliar de enfermagem, a 15 de fevereiro, quando um doente se aproximou dele, colocou-lhe as mãos nos ombros e pontapeou-o nos testículos.

O funcionário caiu ao chão, perdeu temporariamente a consciência, ficou pálido e imóvel e acabou transportado para a zona de enfermaria do pavilhão San Nicolás do Hospital Fundação Instituto São José, onde ocorreu o incidente.

O sindicato CCOO revelou que o homem, depois de ser atendido por uma enfermeira, foi mantido "em repouso", mas "em momento algum foi atendido por um profissional médico".

De seguida, foi-lhe dado um relatório da assistência recebida, para que pudesse recorrer à sua companhia de seguros. Dada a hora tardia, no entanto, não pôde fazê-lo no mesmo dia e, uma vez fora das instalações do hospital, morreu.

O sindicato denunciou a Ordem de São João de Deus, proprietária e administradora do hospital onde ocorreu o incidente. O CCOO argumentou que existiram vários alertas à direção da empresa para a necessidade de conceber um protocolo em caso de agressões físicas, algo que a mesma terá ignorado.

"Os representantes sindicais asseguram que a empresa negou-se a tomar medidas preventivas e adequadas e era evidente a falta de pessoal sanitário para atender e conter em caso de necessidade este tipo de doentes", lê-se em comunicado.

A estrutura sindical alegou que pode existir responsabilidade por parte da empresa, uma vez que há "uma relação direta de causalidade" entre as lesões sofridas e a alegada infração das regras vigentes no que toca à segurança e saúde.

"A causa básica que contribui para a materialização do acidente de trabalho com resultado mortal é a ausência de medidas de segurança e a não aplicação do protocolo de agressão", sublinhou o secretário de Saúde Ocupacional do CCOO Sanidad Madrid, Manuel Barroso.

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