Fundador do Telegram paga caução de 5 milhões e sai em liberdade. Mas está proibido de sair de França

1 mes atrás 59

29 ago, 2024 - 14:00 • Fábio Monteiro com Reuters

Pavel Durov está proibido de sair do território francês e ficou obrigado a apresentar-se duas vezes por semana à polícia.

Pavel Durov, CEO da aplicação de mensagens Telegram, foi libertado, esta quinta-feira, em França. O empresário foi detido, em Paris, há quatro dias, devido a uma investigação sobre o alegado uso da plataforma que comanda em atividades criminosas.

Durov pagou uma caução de cinco milhões de euros para sair em liberdade. Apesar de ter dupla nacionalidade (França e Emirados Árabes Unidos), está proibido de sair do território francês e ficou obrigado a apresentar-se duas vezes por semana à polícia.

Em comunicado, Laure Beccuau, procuradora responsável pelo caso, já fez saber que o juiz que ouviu a tese do Ministério Público francês considerou existirem motivos para investigar formalmente Durov relativamente a todas as acusações pelas quais foi inicialmente detido.

As acusações vão desde a suspeita de cumplicidade do Telegram com atividades ilícitas (partilha de pornografia de menores, tráfico de droga e esquemas financeiros) à recusa de comunicar informações às autoridades, lavagem de dinheiro e prestação de serviços criptográficos a criminosos.

Conhecido como "Mark Zuckerberg da Rússia” (país onde nasceu), Durov, 39 anos, foi detido no aeroporto de Le Bourget, nos arredores de Paris, na noite de sábado.

A revista “Forbes” estima que a fortuna do empresário ronde os 15,5 mil milhões de dólares.

Em Portugal, a aplicação Telegram tem sido utilizada por grupos de extrema-direita para disseminar desinformação e propaganda. Recentemente o "Jornal de Notícias" noticiou que, nos últimos meses, só no Telegram, o grupo de neonazi "1143" fundou mais de 20 grupos regionais.

Entretanto, o Google bloqueou o acesso do grupo aos seus chats no Whatsapp e no Telegram.

Destaques V+

Ler artigo completo