Fundador do World Central Kitchen diz que Israel não pode vencer a guerra impondo a fome

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Depois do ataque que matou sete pessoas e de um pedido de desculpas de Israel, o fundador e Chef da World Central Kitchen afirmou no New York Times que a alimentação é um direito fundamental para a população mundial.

“As setes pessoas mortas na missão da World Central Kitchen em Gaza na segunda-feira eram o melhor da humanidade. Eles têm uma face e um nome. Não são trabalhadores humanitários genéricos ou danos colaterais numa guerra”, escreveu José Andrés.

O Chef espanhol lembrou o trabalho dos membros mortos pelo ataque israelita desde o início do conflito: “Não perguntamos a que religião pertence. Apenas queremos saber quantas refeições são necessárias”.

Andrés explicou que tanto israelitas como palestinianos foram ajudados pela World Central Kitchen e que as forças armadas de Israel sabem que a fome não é uma arma de guerra. Considerou ainda que Telavive não vão recuperar todos os reféns do Hamas ao bombardear todos os edifícios em Gaza.

Lembrando que a World Central Kitchen sempre coordenou os seus movimentos em Gaza com o exército israelita, José Andrés apelou ao governo de Benjamin Netanyahu para abrir mais rotas para alimentar os palestinianos de Gaza.

“Nas piores condições, depois do pior ataque terrorista de que foi alvo, é tempo do melhor de Israel aparecer. Não se pode salvar reféns ao bombardear todos os edifícios em Gaza. Não se pode ganhar a guerra fazendo uma população inteira morrer à fome”.

E conclui: “Não é um sinal de fraqueza alimentar estranhos; é um sinal de força. O povo de Israel precisa de lembrar, nesta hora mais sombria, o que é realmente ter força”.

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