O fundo, KLP, colocou várias empresas, de diversos sectores, numa lista negra por violarem os direitos humanos, no entanto a Aramco foi coloca de lado por razões climáticas.
O fundo global de pensões do governo da Noruega, KLP, o maior fundo soberano do mundo, decidiu alienar 15 milhões de dólares a empresas do Golfo Pérsico, por receio de que estas possam facilitar as violações de direitos humanos, e ao mesmo tempo colocou a gigante petrolífera saudita, Aramco, na ‘lista negra’ por razões climáticas, segundo o jornal ‘El Economista’.
O KLP gere um total de 1,3 mil milhões de dólares em ativos e excluiu uma dezena de empresas cotadas na Arábia Saudita, Qatar, Emirados Unidos e Kuwait do seu universo de investimento. O fundo afirma que estes desinvestimentos refletem um risco ‘inaceitável’ de contribuir para violações dos direitos humanos, sendo que a Aramco foi um desinvestimento feito pelo seu impacto negativo no ambiente.
Algumas das empresas excluídas pertencem ao sector imobiliário, onde, segundo a KLP, os trabalhadores migrantes de África e da Ásia têm sido alvo de descriminação e violação dos direitos humanos. Também fazem parte da listas empresas o sector das telecomunicações, onde o desenvolvimento da inteligência artificial tem sido um reforço do risco de vigilância e censura na região, de acordo com o fundo.
Em comunicado o fundo afirma que “os Estados do Golfo continuam a ser caracterizados por sistemas de governação autoritários que restringem a liberdade de expressão e os direitos políticos, incluindo os dos críticos e ativistas dos direitos humanos”.
As ações da ‘lista negra’ estão a ter um desempenho misto nesta quinta-feira, com algumas a registar uma subida juntamente com as suas congéneres dos mercados emergentes, enquanto outras caem. A Aramco recua depois do petróleo ter registado quedas durante a noite.