Funeral de bombeiros de Oliveirinha: “As lágrimas” em vez da “água que apaga fogos”

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Incêndio em Tábua

21 set, 2024 - 19:46 • Hugo Monteiro

Bispo de Coimbra celebrou a missa de corpo presente dos três bombeiros: “uma situação muito triste e dolorosa”. Em homenagem a Susana, Sónia e Paulo, pediu aos bombeiros de todo o país que não desistam, apesar de todas as dificuldades.

No funeral dos três bombeiros que morreram no incêndio de Tábua, o Bispo de Coimbra pediu aos bombeiros de todo o país que não desistam, apesar de todas as dificuldades.

“Quis o arquiteto que este quartel tivesse esta forma de uma mangueira em que, quando a água corre em abundância, ajuda a apagar os incêndios e a aliviar o sofrimento de tantas pessoas que estão à beira do abismo”. Foi desta forma que o Bispo de Coimbra, D. Virgilio Antunes, descreveu o edifício do quartel dos Bombeiros de Vila Nova de Oliveirinha, onde tiveram lugar as cerimónias fúnebres dos três bombeiros daquela corporação que morreram no incêndio de Tábua.

“Uma situação muito triste e dolorosa” disse o Bispo de Coimbra, na homília da missa de corpo presente, “porque não vemos esse efeito da água que apaga, mas vemos o efeito das lágrimas que correm nos olhos de todos”.

Numa tarde em que o silêncio se abateu por Vila Nova de Oliveirinha, a população concentrou-se junto ao quartel, onde, no interior, bombeiros de todo o país juntaram-se aos familiares e amigos de Susana, Sónia e Paulo, na última homenagem aos três.

“Aos bombeiros, apesar de tudo aquilo que tem acontecido entre nós, apesar de todos os desastres que os tempos nos têm trazido, que não desanimem."

“Aos bombeiros, apesar de tudo aquilo que tem acontecido entre nós, apesar de todos os desastres que os tempos nos têm trazido, que não desanimem. Mas, porventura, ganhem um entusiasmo e uma força interior maiores ainda”, disse, na homília, o bispo D. Virgilio Antunes. Que defendeu, ainda, que os três bombeiros “sejam um exemplo” que não deixem todos “no comodismo”, mas que façam com “todos criem um impulso forte” de tudo fazer para que a vida seja um “generoso serviço aos outros”.

A coadjuvar o Bispo de Coimbra estiveram o cardeal de Lisboa, Rui Valério, e o capelão da Liga de Bombeiros. Nas cerimónias fúnebres estiveram as principais figuras do Estado.

Marcelo Rebelo de Sousa, Luís Montenegro e José Pedro Aguiar Branco, assim como as ministras da Justiça e da Administração Interna ouviram D. Américo Aguiar defender que o que aconteceu sirva como “o cimento e o betão” para que no próximo ano o país “esteja mais forte e mais capaz” no combate e na prevenção dos incêndios.

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