Liberdade, igualdade, fraternidade e todas essas coisas, mas com conta, peso e à medida do que é uma sociedade que os franceses consideram próxima do paradisíaco, mas mais ninguém acha.
Foi com aquelas três palavras que o novo primeiro-ministro francês, Gabriel Attal, decidiu marcar a sua tomada de posse (esta semana), tendo dito ainda que a sua atuação será pautada pelos princípios republicanos que lideram a França há séculos. Gabriel Attal queria assim ‘piscar o olho’ à esquerda – sendo cerro que o presidente Emmanuel Macron o fez passar de ministro da Educação a primeiro-ministro para governar à direita.
A acreditar nas sondagens, é o jovem certo (tem 34 anos, nunca tal coisa se viu por ali): demorou apenas cinco meses – apesar de andar há muito nesta coisa da política – a transformar-se num dos homens mais conhecidos do país. E mais aplaudidos – mas pela direita.
E isso é tudo o que Macron precisa: um homem (o facto de ser jovem não parece querer dizer nada) que, estando no partido do presidente, consiga fazer a ponte com a direita. Não com a direita propriamente dita – mas com os eleitores de direita, que dão mostras de estar a derivar do ‘macronismo’ para os extremos ocupados por Marine Le Pen.
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