Galp: Maiores acionistas vão receber 180 milhões em dividendos

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Família Amorim, Sonangol e Estado português vão ter direito a um aumento de 4% nos dividendos.

Os lucros da Galp dispararam 14% para mil milhões de euros em 2023 face a período homólogo.

A companhia anunciou uma subida de 4% nos dividendos para os 0,54 euros por ação a pagar aos acionistas em dois momentos, com o primeiro pagamento de 0,27 euros a ter lugar após a assembleia-geral de acionistas

A maior fatia vai direta para a Amorim Energia (55% detida pela família Amorim, 45% pela Sonangol), que detém uma participação de 36% da companhia: 150 milhões de euros.

Desta participação, a família Amorim terá direito a receber quase 83 milhões de euros. Já a petrolífera estatal angolana Sonangol vai ter direito a receber 67,5 milhões de euros.

O terceiro maior acionista individual é o Estado português, através da Parpública, com uma fatia de 8%. A subida dos lucros da Galp vai permitir ao Estado encaixar 33,4 milhões de euros.

A Galp vai arrancar com um programa de recompra de ações nos próximos dias, revelou na segunda-feira a CFO da companhia, Maria João Carioca.

Para este ano, a petrolífera prevê gastar 350 milhões de euros neste programa, abaixo dos 500 milhões registados no ano passado.

“Vamos começar um programa de recompra de ações de 350 milhões nos próximos dias”, disse na segunda-feira a responsável, destacando que o dividendo a pagar este ano (relativo ao exercício de 2023) vai subir para os 54 cêntimos por ação.

Sobre o exercício de 2023, em que a Galp registou lucros históricos de mil milhões de euros, a gestora destacou o “forte desempenho operacional”, num ano em que reduziu a dívida e em que investiu mil milhões de euros, com um “terço” deste capex em “Portugal”.

Maria João Carioca também anunciou que a empresa está a equacionar a venda de ativos “para cristalizar valor, mas também para acelerar o capex”.

Em termos de dividendos e recompra de ações, recordou que um terço do cash flow vai destinar-se a remunerar os acionistas, o que vai acontecer à “boleia da performance operacional”.

Para 2024, a previsão é um recuo no EBITDA dos 3,6 mil milhões de euros para os 3,1 mil milhões de euros, com um cash flow de dois mil milhões de euros que servirá para cobrir  capex, dividendos e programas de recompra de ações, mantendo a “folha de balanço sob controlo”.

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