A faturação da sociedade de advogados de origem espanhola aumentou 2,51% em relação ao ano anterior. A área de prática de Corporate continuou a ser aquela que teve mais peso na atividade de assessoria (32%).
A sociedade de advogados Garrigues teve receitas globais de 454,27 milhões de euros em 2023, o que representa um aumento de 2,51% em relação ao ano anterior. Os resultados financeiros do ano passado foram recordistas para o escritório e perfizeram uma década de crescimento anual consecutivo.
Em Portugal, um dos doze países nos quais está presente, as contas não foram tornadas públicas, mas sabe-se que a atividade internacional representa atualmente 13% da faturação total. Em Espanha, de onde a Garrigues é originária, o volume de negócios foi de 396,7 milhões, após um crescimento na mesma linha (2,72%). Em 2022, os crescimentos andaram em torno dos 7-8%.
A área de prática de Corporate – Comercial e Fusões e Aquisições – continuou a ser aquela que teve mais peso na atividade de assessoria (com 32%), seguida dos departamentos jurídicos de Fiscal (30,3%), Resolução de conflitos: Contencioso e Arbitragem (11,8%), Laboral (11,3%) e Administrativo e Constitucional (8,2%).
“Num ano marcado pela crise geopolítica mundial e pela instabilidade política e institucional em muitos países em que o escritório opera, a Garrigues permaneceu fiel à sua filosofia de crescimento sólido e rentável, de controlo de gastos e de investimento em áreas estratégicas, ao mesmo tempo que demos passos importantes para o nosso futuro, especialmente no que respeita à digitalização”, referiu o presidente executivo da Garrigues, Fernando Vives, em comunicado publicado esta terça-feira.
Em relação às métricas de sustentabilidade (ESG), em 2023, 100% do consumo de energia dos escritórios na Europa adveio de fontes renováveis e 100% das emissões de dióxido de carbono (CO₂) de escopo 1 e 2 foram compensadas. Dos 2.187 trabalhadores, metade (51%) são mulheres, sendo que a percentagem de sócias promovidas foi também de 50%.
A Garrigues tem 30 escritórios e, nos últimos cinco anos, investiu 64 milhões de euros na transformação digital dos mesmos. Destaque ainda para a aplicação de novos regulamentos de políticas sobre a utilização da Inteligência Artificial generativa, que ocorreu nos últimos doze meses.
Sobre a aquisição da EAD Trust, a firma internacional esclarece, no mesmo documento, que daí “nasceu o primeiro destes produtos, GoCertius, uma aplicação que permite «certificar» vídeos, fotografias e qualquer ficheiro, gerando um selo temporal qualificado que cria uma prova com a máxima eficácia jurídica permitida pela regulamentação em vigor”.
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