Gestão de pessoas é o principal desafio para lideranças de empresas dependentes da tecnologia

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Estudo da consultora QSP diz que 60% dos gestores apontam para “dificuldade de incutir uma cultura organizacional” como um dos principais desafios para a gestão das pessoas nas organizações.

A gestão de pessoas lidera a lista de desafios com os quais se deparam as lideranças de organizações cada vez mais dependentes da tecnologia, de acordo com um estudo da QSP.

Em comunicado, a consultora refere que 60% dos gestores inquiridos alertam para a “dificuldade de incutir uma cultura organizacional e o engagement dos colaboradores”, com 53,3% a reportarem “dificuldade de atrair e reter profissionais qualificados nos seus quadros”.

Além disso, 77% dos profissionais alertam para um “desajustamento dos modelos de educação e formação atuais” perante aquelas que são as necessidades das empresas. Por outro lado, 14,1% consideram-nos ajustados.

Convidados a listar a tríade de características mais importantes na gestão das organizações, 63,7% dos gestores participantes no estudo apontaram o “reconhecimento e valorização dos colaboradores”, 52,6% “a comunicação aberta e transparente”, 50,4% “a liderança inspiradora” e 35,6% a “agilidade organizacional. “A QSP procurou então perceber se estas características são promovidas nas organizações e percebe-se que em 25,2%, 20%, 22,3% e 26,7% dos casos, respetivamente, são pouco ou nada promovidas”, revela a consultora na mesma nota.

“Embora assumam a valorização dos colaboradores como um fator importante na gestão, os inquiridos dão pouca relevância à inclusão, diversidade e equidade dentro das organizações. É vista como a característica mais importante na gestão das organizações por apenas 11,9% dos profissionais, sendo pouco ou nada promovida por 20,8% dos inquiridos do estudo realizado pela QSP”, apurou o estudo, acrescentando que os campos da “responsabilidade social e da sustentabilidade merecem pouco destaque pelos gestores”.

Nas palavras de Pedro Carneiro, head of marketing research da QSP, “há um claro desconforto com os modelos educacionais atuais e uma vontade de reformulação de forma a corresponder melhor às necessidades das organizações, seja pela prioridade dada ao conteúdo teórico em detrimento do saber fazer, pela desconsideração das soft skills, ou mesmo pela pouca ligação ao mundo empresarial, como os resultados do estudo indicam”.

“Os desafios que as organizações enfrentam, num ambiente de concorrência feroz e em constante mutação leva a que, principalmente os gestores de topo, sintam que os recém-formados devam estar mais preparados para as dinâmicas do mundo empresarial”, analisa o mesmo responsável, citado na nota de imprensa.

A edição deste ano do QSP Summit, agendada para os dias 2, 3 e 4 de julho, leva a discussão a adaptação às mudanças do mercado.

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