Golpe da China numa das maiores fraudes online

1 semana atrás 44

Os sites falsos são publicados em várias línguas desde o inglês ao sueco e foram criados para atrair consumidores que pagam e partilham dados pessoais que são confidenciais

Mais de 800 mil pessoas na Europa e nos EUA parecem ter sido enganadas para partilhar detalhes de cartões bancários e outros dados pessoais com uma imensa rede de lojas online falsas, aparentemente operadas a partir da China.

Por exemplo, de acordo com os dados analisados por especialistas em tecnologias de informação e jornalistas, os europeus e os norte-americanos partilharam endereços de e-mail, sendo que 476 mil destes 800 mil consumidores partilharam dados de cartões de débito e de crédito, incluindo o número de segurança de três dígitos. Também partilharam nomes completos, números de telefone e endereços postais.

Os especialistas em TI afirmam que esta rede é altamente organizada, tecnicamente experiente e contínua. As primeiras lojas falsas da rede, operada a partir da China, terão sido criadas em 2015. 

Nos últimos três anos, mais de um milhão de “pedidos” foram processados. Nem todos foram pagos, mas o grupo pode ter tentado roubar até 50 milhões de euros. 

É verdade que muitas destas lojas falsas desapareceram, mas mais de 22.500 ainda estão em funcionamento.

O valor dos dados pessoais
A existência desta rede de lojas falsas foi revelada pela Security Research Labs (SR Labs), uma consultora alemã de cibersegurança que obteve vários gigabytes de dados e partilhou-os com o jornal Die Zeit.

Em declarações ao Guardian, Jake Moore, consultor global de cibersegurança de uma empresa de software, afirma que “os dados [pessoais] são a nova moeda”.
“Devemos assumir que o governo chinês pode ter acesso aos dados”.

Os dados pessoais podem ser valiosos para agências secretas que queiram fazer vigilância.

Estes alertas surgem na sequência de uma investigação internacional realizada pelo Guardian, Die Zeit e Le Monde e que mostra como funciona uma das maiores fraudes do género, com 76 mil websites falsos criados.

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