Google proíbe anúncios de serviços que permitem criar deepfakes pornográficas

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A Google atualizou a sua política referente a anúncios e publicidade. Já há muito que a gigante proibia anúncios sexualmente explícitos, mas agora passa a vetar também serviços que as pessoas possam usar para criar pornografia deepfake ou outras formas de nudez geradas artificialmente. Até agora, a política previa a proibição de “conteúdo sexualmente explícito”, definido como “textos, imagens, áudio ou vídeos de atos sexuais gráficos destinados a excitar”.

Agora a nova política revista proíbe também a publicidade a serviços que ajudem os utilizadores a criar este tipo de conteúdos, seja pela alteração da imagem de uma pessoa ou gerando uma nova. A nova política entra em vigor a 30 de maio e detalha que é proibida “a promoção de conteúdo sintético que tenha sido alterado ou gerado para ser sexualmente explícito ou que contenha nudez”, como sites ou aplicações que instruam os utilizadores sobre como criar pornografia deepfake, explica o The Verge.

Michael Aciman, porta-voz da Google, detalha que qualquer anúncio que viole esta política vai ser removido e que a empresa vai usar uma combinação de revisores humanos e sistemas automatizados para garantir a aplicação destas políticas. Em 2023, a empresa removeu 1,8 mil milhões de anúncios que violaram a política de conteúdo sexual.

Esta alteração terá sido implementada para abranger as apps que se promoviam como sendo não sexuais, mas que facilitavam a criação de pornografia deepfake, como por exemplo uma app de mudança de rosto que não se promovia como sexualmente explícita na Play Store, mas que o fazia em sites pornográficos.

Nos EUA, está a ser avaliado o Regulamento DEFIANCE, ao abrigo do qual é estabelecido um processo pelo qual as vítimas de “falsificações digitais” podem processar as pessoas que criem ou distribuam conteúdos com deepfakes não consensuais.

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