Governo da Líbia ordena às várias milícias armadas que abandonem Tripoli

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Numa conferência de imprensa, Trabelsi explicou que os grupos armados incluem também a milícia Força de Dissuasão (Rada), a 444.ª Brigada de Combate do Exército Líbio e a 111.ª Brigada de Combate, bem como a Força de Segurança Geral.

"Qualquer pessoa que tente perturbar a segurança na capital será confrontada com a força, e não permitiremos o caos depois de a capital e os seus arredores terem registado uma estabilidade de segurança significativa", afirmou.

Segundo a agência noticiosa estatal líbia LANA, o trabalho de segurança será levado a cabo por agentes da polícia e por departamentos ligados à Direção de Segurança de Tripoli.

Isto acontece depois de pelo menos dez pessoas terem sido mortas no domingo, incluindo membros da SSA, numa série de tiroteios dentro de uma casa no bairro de Abu Salim, em Tripoli. As autoridades ordenaram uma investigação sobre os pormenores do que aconteceu.

Membros da Rada e da 444.ª Brigada de Combate, fações rivais ligadas às autoridades de unidade da Líbia, envolveram-se numa série de confrontos internos em agosto, que causaram a morte de mais de 50 pessoas.

As tensões aumentaram após a detenção do comandante da 444.ª Brigada de Combatentes, Mahmoud Hamza, no aeroporto internacional de Mitiga, em Tripoli, embora as partes tenham chegado a um acordo após intensas negociações em que esteve presente o primeiro-ministro do Governo de unidade nacional, Abdul Hamid Dbeibé.

As milícias foram surgindo sucessivamente umas atrás das outras após a queda e morte do ditador Muammar Kadhafi, em 2011.

O país está dividido em duas administrações, depois de a Câmara dos Representantes ter posto termo ao mandato de Dbeibé devido ao adiamento das eleições presidenciais de dezembro de 2021, o que deu origem a um sistema bipartidário, uma vez que foi estabelecido um governo paralelo no leste da Líbia.

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