Governo diz que indústria agroalimentar vai ter "acesso" a fundos do Compete 2030 após revisão

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O ministro da Agricultura, José Manuel Fernandes, afirmou que a indústria agroalimentar vai ter "acesso" a fundos do Compete 2023 "em igualdade de circunstâncias", após a revisão do acordo de parceria.

"Vamos alterar o acordo de parceria para que o Compete 2030 possa apoiar a indústria de transformação sem nenhuma dúvida para que a indústria agroalimentar possa ter acesso em igualdade de circunstâncias aos fundos que temos", adiantou José Manuel Fernandes, durante o discurso que proferiu no 9.º Congresso da Indústria Portuguesa Agroalimentar, que decorre sob o mote "Crescimento e Sustentabilidade". 

A informação foi anunciada depois de, no início do mês, José Manuel Fernandes ter indicado que planeia submeter a Bruxelas uma proposta para alterar o acordo de parceria o Portugal 2030 para financiar a agricultura. Em concreto, segundo explicou ao jornal Vida Económica, o objetivo passa por "acomodar investimentos nas cooperativas no âmbito do aumento da capacidade de armazenamento, na digitalização e no objetivo da descarbonização".

Falando em fundos europeus, o ministro da Agricultura apontou ser "importantíssimo realçar" que não está em causa apenas o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), que acaba em 2026, cuja execução "tem de se acelerar": "É preciso não esquecer as regras do Portugal 2030 em que temos de pagar mais de 3 mil milhões em 2025, as do PEPAC [Plano Estratégico da Política Agrícola Comum] em que temos mais de 300 milhões em 2025 ou as do PDR2020 com mais de 600 milhões em 2025".

Dirigindo-se à indústria agroalimentar em concreto apontou que "temos de ter a ambição de aumentar as exportações e diminuir as importações". "Temos produtos de grande qualidade, que contam histórias, mas que nem sempre sabemos vender. Temos de ter uma estratégia para vender o que é nosso", realçou.

José Manuel Fernandes afirmou ainda não só ter registado como "subscrever" as preocupações do presidente da CIP, Armindo Monteiro, expressas minutos antes, o qual lamentou a posição radical do líder do PS, Pedro Nuno Santos, sobre a descida transversal do IRC. "Felizmente temos um primeiro-ministro que gosta do estado social mas também gosta das empresas e sabemos tambem que coloca sempre interesse nacional acima de qualquer interesse pessoal ou partidário". E foi mais longe: "Quem considera que o IRC não se pode descer quando é alto, é evidente que quem tenha este pensamento está mais próximo do que denomino de radical extremista de esquerda. E nós precisamos de moderação".

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