Governo e associações de comunidades da área de Lisboa reúnem-se na terça-feira

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O Governo vai reunir-se com associações representativas de comunidades imigrantes da Área Metropolitana de Lisboa (AML) na próxima terça-feira, às 14:30, no Campus XXI, em Lisboa, anunciou esta sexta-feira o gabinete do Ministro da Presidência.

Num comunicado, destacou que este encontro para dialogar com associações representativas de comunidades imigrantes da AML terá as presenças dos ministros da Presidência, da Administração Interna e da Juventude e Modernização.

Esta reunião contará também com dirigentes de algumas entidades públicas, como a GNR, a PSP, o Instituto Português do Desporto e da Juventude (IPDJ) e a Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA).

Entre as associações convidadas estão a Moinho da Juventude, Mundo Nôbu, Afrolink, Movimento Nu Sta Djuntu -- Estamos Juntos, Associação Caboverdeana, Associação Cultural e Juvenil Batoto Yetu, Academia do Johnson, Associação HELPO, Semear o Futuro, Djass - Associação de Afrodescendentes e a FEMAFRO -- Associação de mulheres negras, africanas e afro descendentes em Portugal.

O Movimento SOS Racismo, a Plataforma Gueto, a Associação para a Mudança e Representação Transcultural, a Associação filhos e amigos de Farim, a Obra Nacional da Pastoral dos Ciganos e a Associação Camba também foram convidadas, indicou o Governo. .

O encontro surge na sequência dos desacatos no âmbito da morte de Odair Moniz, cidadão cabo-verdiano de 43 anos e morador no Bairro do Zambujal, na Amadora, que foi baleado por um agente da PSP na madrugada de segunda-feira, no Bairro da Cova da Moura, no mesmo concelho, e morreu pouco depois, no Hospital São Francisco Xavier, em Lisboa.

Segundo a PSP, o homem pôs-se "em fuga" de carro depois de ver uma viatura policial e despistou-se na Cova da Moura, onde, ao ser abordado pelos agentes, "terá resistido à detenção e tentado agredi-los com recurso a arma branca".

A associação SOS Racismo e o movimento Vida Justa contestaram a versão policial e exigiram uma investigação "séria e isenta" para apurar responsabilidades, considerando que está em causa "uma cultura de impunidade" nas polícias.

A Inspeção-Geral da Administração Interna e a PSP abriram inquéritos e o agente que baleou o homem foi constituído arguido.

Desde a noite de segunda-feira registaram-se desacatos no Zambujal e, desde terça-feira, noutros bairros da Área Metropolitana de Lisboa, onde foram queimados autocarros, automóveis e caixotes do lixo. A PSP registou 123 ocorrências, deteve 21 cidadãos e identificou outros 19. Sete pessoas ficaram feridas, uma das quais com gravidade.

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