Governo francês exclui medidas de força contra agricultores

7 meses atrás 86

Mesmo assim, Darmanin alertou os manifestantes de que existem certas "linhas vermelhas".

O ministro do Interior disse hoje ao canal France 2 que "a manifestação é um direito constitucional" e defendeu as negociações em curso no sentido de um acordo, depois de os agricultores terem intensificado a contestação nos últimos dias.

"Não podemos considerar os trabalhadores como criminosos", afirmou, antes de sublinhar que os manifestantes "não estão a atacar polícias" para apresentar reivindicações que o governo considera "legítimas".

"Demos-lhes linhas claras: não entrar em Paris, não bloquear (o mercado de Rungis) e não bloquear os aeroportos", acrescentou, um dia depois de o primeiro-ministro, Gabriel Attal, ter prometido continuar a negociar.

O Governo de França estima que cerca de dez mil pessoas participam nas manifestações em diferentes pontos do país, no âmbito de um mal-estar generalizado no setor que se estende também a outros países europeus.

O Presidente francês Emmanuel Macron disse que vai discutir esta semana os assuntos relacionados com os agricultores durante um encontro em Bruxelas com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

Numa entrevista à Sud Radio, o ministro da Agricultura francês, Marc Fesneau, anunciou um pacote de 80 milhões de euros para os produtores de vinho destinados a cobrir as perdas e aumentar a liquidez este ano, mas acrescentou que aguarda mais propostas "antes do final da semana".

Macron já deixou clara a oposição da França sobre o acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul e pediu uma revisão sobre as importações da Ucrânia.

Paris também pretende alguma "flexibilidade" depois de algumas das queixas dos agricultores terem sido dirigidas contra regras acordadas a nível europeu.

Os bloqueios de estradas com tratores que se verificam um pouco por toda a Europa, em países como Alemanha, França, Bélgica, Itália, Polónia e Roménia, são motivados por questões diversas, como cortes nos subsídios agrícolas e receitas cada vez menores num contexto já desafiante de subida da inflação e dos preços da energia, mas a ira da maior parte dos agricultores europeus parece dirigida a Bruxelas, que acusam de lhes impor medidas ambientais com altos custos e sobrecarregadas de burocracia, em nome da 'transição verde'.

Leia Também: Bloqueios em França. Empresas portuguesas com "prejuízos" elevados

Todas as Notícias. Ao Minuto.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online.
Descarregue a nossa App gratuita.

Apple Store Download Google Play Download

Ler artigo completo