Governo israelita autoriza novo colonato na Cisjordânia ocupada

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Smotrich - ele próprio colono e responsável pelos Assuntos Civis do Ministério da Defesa - escreveu na rede social X que o seu gabinete tinha "concluído o seu trabalho e publicado um plano para o novo colonato, Nahal Heletz, em Gush Etzion" - um conjunto de colonatos a sul de Jerusalém.

Este novo colonato - cuja construção foi aprovada pelo Governo em junho, juntamente com outros quatro colonatos - está localizado entre Gush Etzion e a cidade palestiniana de Belém.

"Nenhuma decisão anti-israelita e anti-sionista impedirá o desenvolvimento dos colonatos. (...) Esta é a missão da minha vida e vou continuá-la tanto quanto possível", prometeu o ministro, embora sem assinalar que os colonatos são ilegais aos olhos do direito internacional.

A organização não-goveramental israelita Peace Now - uma organização contra os colonatos - denunciou a autorização de planos de construção em terrenos declarados propriedade do Estado pelas autoridades israelitas.

O ano de 2023 marcou um recorde para o avanço dos colonatos israelitas na Cisjordânia, com o maior número de licenças de construção emitidas em 30 anos, segundo a União Europeia (UE).

As licenças de construção foram concedidas pelas autoridades israelitas no ano passado a 12.349 casas na Cisjordânia, de acordo com um relatório da UE.

A colonização da Cisjordânia e da Jerusalém Oriental anexada por Israel continuou sob todos os governos israelitas desde 1967.

Para os palestinianos, esta estratégia representa a principal ameaça à solução de dois Estados.

Os partidos de extrema-direita que integram a atual coligação governamental de Israel estão a pressionar para que a expansão dos colonatos seja acelerada.

Na Cisjordânia vivem cerca de 490 mil colonos, juntamente com três milhões de palestinianos.

Desde o início da guerra entre Israel e o Hamas, na Faixa de Gaza, a violência entre os palestinianos, por um lado, e o Exército israelita e os colonos, por outro, intensificou-se na Cisjordânia, provocando a morte de mais de 600 palestinianos e cerca de duas dezenas de israelitas nesta região, de acordo com números oficiais.

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