​Governo vai “reavaliar” concurso de professores para evitar “perturbação” nas escolas

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ministro da educação

24 jul, 2024 - 10:32 • Cristina Nascimento

Ministro Fernando Alexandre considera que tem de ser feito um equilíbrio entre os interesses dos professores e garantir a presença de docentes onde são necessários.

O ministro da Educação anuncia que o concurso de professores dos quadros vai ser reavaliado. Neste momento, por decisão do anterior executivo, está previsto que este concurso aconteça todos os anos, de forma a permitir que os professores se possam aproximar do local onde residem.

“Vamos ter de reavaliar isso. Temos de balancear aquilo que é o interesse dos professores e a expectativa que têm de, com o tempo, se aproximarem da residência, como interesse que é absolutamente essencial de garantir que estão onde são necessários, onde há alunos”, disse o ministro Fernando Alexandre, em entrevista ao jornal “Público”.

Segundo o ministro, “este ano vamos ter milhares e milhares de professores a mudar de escola”. O ministro da Educação assegura que os concursos centralizados, a partir da graduação, “vão ter de continuar a existir”, mas devem ser feitos de forma a evitar “uma enorme perturbação nas escolas”.

Ainda sobre o concurso de professores lançado pelo anterior executivo, o ministro Fernando Alexandre diz que não encontra “justificação para seis mil vagas abertas em escolas”, mas remete outros comentários para depois do fim do processo.

Nesta entrevista ao jornal, Fernando Alexandre fala também sobre a descentralização de competências ao nível da educação, considerando que é “positivo”, mas que está “incompleto e tem de ser melhorado”.

O governante defende que “o indicador mais importante para qualquer autarca devia ser o resultado das notas dos alunos das escolas do seu concelho nos exames nacionais”.

O ministro Fernando Alexandre considerou ainda que “o maior desafio que as escolas têm hoje é a questão imigração”. Nos últimos dois anos, houve um aumento de 30 mil alunos estrangeiros.

“Neste momento, 14% dos alunos do básico e do secundário são filhos de imigrantes e um terço não é falante de língua portuguesa”, explicou.

Para ajudar à integração dos alunos estrangeiros, o governante anunciou que vai ser concedida verba para o pagamento de horas extraordinárias a professores que assumam a tarefa de dar aulas de português língua não materna.

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