Grande Entrevista. Pedro Nuno Santos sobre distúrbios em Lisboa, Orçamento do Estado e plano para os media

2 horas atrás 21

(em atualização)

Questionado sobre os disparos fatais na Cova da Moura que deram origem a distúrbios em várias zonas da Grande Lisboa, Pedro Nuno Santos vincou que “temos vários problemas no país e que são sentidos também pelas populações em bairros onde vivem pessoas com maiores dificuldades económicas do que a média”.

“Nós precisamos de um Estado de Direito democrático sólido, forte e isso implica um respeito absoluto de todos pela lei”, declarou, referindo-se aos tumultos registados devido à morte de Odair Moniz.

“Há um líder político em particular que explora estes episódios para benefício político-eleitoral e que revela, nas declarações que faz, total ausência de empatia para com o outro”, disse Pedro Nuno.

O líder socialista afirmou ainda que “não podemos esquecer em nenhum momento que há um cidadão que morreu. Um pai de dois jovens e de uma criança que perdeu a vida. E isso deve suscitar a todos a empatia, desde logo, com a família deste cidadão que morreu”.

“Ao mesmo tempo, obviamente não se pode ignorar o facto de o agente policial envolvido ser um jovem com 20 anos, com um ano de exercício da sua atividade profissional e que também nos deve suscitar um sentimento de empatia”, acrescentou.

Pedro Nuno Santos frisou, porém, que “não podemos ignorar que existe racismo, que existe violência policial, e isso exige de todos nós cautela nas conclusões apressadas que se possam tirar sobre um caso que nós não conhecemos na sua globalidade”.

Sobre os distúrbios na Grande Lisboa, que diz serem condenáveis, considera “a expressão dessa revolta é legítima”, já que “vivemos numa democracia”, mas que é fundamental o cumprimento da lei e da ordem.

“Portugal é um dos países mais seguros do mundo”, mas “isso não quer dizer que não haja criminalidade”.

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