Green Day mandam farpa no Ano Novo e apoiantes de Trump criticam o óbvio

8 meses atrás 84

Quase duas décadas depois de serem um fenómeno do 'punk rock' norte-americano, os Green Day continuam a dar que falar. A banda, que se tornou conhecida pelas suas letras políticas e pela aversão ao conservadorismo e nacionalismo norte-americanos, é o mais recente alvo da ira dos apoiantes de Donald Trump, e tudo por causa de uma letra considerada demasiado... política.

O momento que está a causar 'controvérsia' - pelo menos do lado da comunidade 'MAGA' (de 'Make America Great Again', o slogan popularizado pelo ex-presidente) - surgiu numa atuação na festa de Ano Novo da ABC, na 'Dick Clark's New Year's Rockin' Eve'.

Enquanto cantavam o seu hino antifascista 'American Idiot', uma música criada em 2004 como uma crítica aberta a George W. Bush e à invasão dos EUA no Iraque, o vocalista Billie Joe Armstrong trocou uma parte da letra para mandar uma farpa a Donald Trump e ao Partido Republicano que continua a apoiá-lo. Em vez de cantar 'I'm not part of the redneck agenda', Armstrong disse: 'I'm not part of the MAGA agenda' (do inglês 'Não faço parte da agenda MAGA').

Green Day’s Billie Joe Armstrong altered the lyrics in “American Idiot” to sing, “I’m not a part of the MAGA agenda,” during the band’s performance on Ryan Seacrest’s New Year’s Rockin’ Eve. pic.twitter.com/eclNR7D83s

— CONSEQUENCE (@consequence) January 1, 2024

A mudança não é nova e as críticas dos Green Day a Trump e ao Partido Republicano muito menos. Aliás, antes das eleições de 2016, a banda aproveitou a participação em comícios dos democratas para comparar o antigo presidente do país a fascismo e à organização de supremacia branca racista KKK.

Os apoiantes de Trump ficaram irritados com o momento e correram para as redes sociais para atacar a banda, à semelhança do que tem sido habitual sempre que o antigo líder ultranacionalista é alvo de críticas por parte de personalidades conhecidas no mundo das artes, considerando que o 'punk rock' tornou-se "demasiado político".

A verdade é que, não só o 'punk rock' é um estilo de música intrinsecamente político, emergindo nos anos 70 como uma performance artística antifascista, antirracista e antigoverno, como os Green Day são um exemplo do quão político o 'punk rock' sempre foi. Muitos fãs da banda apontaram o dedo à comunidade MAGA por apenas se interessar no grupo com intenções de defender Donald Trump, apesar da banda ter sido sempre vocalmente contra os ideais conservadores e ortodoxos do Partido Republicano.

Os Green Day, que já eram conhecidos nos anos 90, explodiram no início dos anos 2000 com o seu álbum 'American Idiot'. O single, com o mesmo nome, tornou-se muito famoso graças à popularidade enorme dos videoclips na altura, especialmente através da MTV, e a música 'American Idiot' foi considerado como um dos grandes hinos antifascistas do início da década e uma voz de protesto contra a política conservadora de George W. Bush e a invasão dos Estados Unidos no Iraque.

Nos últimos anos, os Green Day passaram a ser cada vez mais requisitados devido à sua oposição a Donald Trump, a quem Billie Joe Armstrong tem insultado repetidamente e acusado de disseminar ódio pelos EUA.

Leia Também: Mais um estado exclui Trump das presidenciais de 2024. "Não está apto"

Todas as Notícias. Ao Minuto.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online.
Descarregue a nossa App gratuita.

Apple Store Download Google Play Download

Ler artigo completo