Ana Fernandes, da Greenvolt, recordou hoje que a KKR espera obter as devidas autorizações regulatórias para a OPA até ao final de maio.
“A ideia da KKR é manter a equipa, é manter o plano de negócios. E, acreditamos nós, fazer-nos crescer de forma mais forte e célere no futuro próximo”. Esta foi a mensagem transmitida hoje por Ana Fernandes, responsável pela relação com os investidores da Greenvolt.
As declarações tiveram lugar durante a divulgação dos resultados da emissão de dívida verde de 100 milhões de euros.
Ana Fernandes recordou que a KKR já anunciou esperar ter obtido as devidas autorizações regulatórias em vários países no final de maio.
Por outro lado, recordou também que a CMVM nomeou um auditor para avaliar o preço, que tem 30 dias úteis para se pronunciar. Se a EY considerar que o preço oferecido de 8,30 euros por ação é baixo, a KKR “pode decidir retirar a oferta ou não”.
Ao mesmo tempo, lembrou que o conselho de administração da Greenvolt já deu luz verde à operação.
Questionada sobre as perguntas que os investidores da Greenvolt fazem sobre a OPA, revelou as questões mais comuns: “qual o status da operação?; perguntam-nos pelo calendário; depois, alguns tentam perceber a opinião de outros investidores desta operação; e o que a KKR espera desta oferta? Dizemos que confiam na estratégia da nossa empresa”.
A Greenvolt encaixou 100 milhões de euros na sua emissão de dívida verde que foi subscrita junto de 2.914 investidores de retalho.
Esta foi a segunda emissão da empresa dedicada aos pequenos investidores.
A procura superou a oferta em 112%, pela emissão que garante uma taxa de juro bruta anual de 4,65%.
A empresa reviu de 75 milhões para 100 milhões de euros a emissão após a procura registada.
“Durante o prazo da oferta, que decorreu entre 29 de janeiro e 9 de fevereiro de 2024, inclusive, foi registada uma procura agregada de 111,58 milhões de euros, 12% acima do objetivo revisto de obter 100 milhões de euros com esta operação”, disse hoje a empresa em comunicado.
“As Obrigações Verdes Greenvolt 2029 oferecem uma taxa de juro bruta anual de 4,65%, com o pagamento dos juros a ser realizado de seis em seis meses após a data de liquidação da oferta, a 14 de fevereiro de 2024, dia em que serão admitidas à negociação na Euronext Lisbon. Os juros serão creditados na conta dos investidores a 14 de fevereiro e 14 de agosto, todos os anos, até à maturidade, em fevereiro de 2029”, de acordo com a companhia.
Este financiamento vai permitir à companhia ” acelerar, de forma sustentada, a sua estratégia de crescimento, completamente centrada em energia renovável, e assente em três segmentos primordiais: biomassa sustentável, projetos de energia renovável de grande escala e geração distribuída”.