Greve. FESAHT denuncia perda dos direitos dos trabalhadores ao longo dos últimos 20 anos

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11 out, 2024 - 14:14 • Redação

Paralização de cantinas em serviços públicos marcada para esta sexta-feira. Banco de horas e adaptabilidade horária são pontos em que os sindicatos querem mudanças.

A greve dos trabalhadores das cantinas públicas foi convocada para esta sexta-feira, 11 de outubro, por parte da Federação dos Sindicatos de Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal (FESAHT).

"Isto é um problema que vai afetar qualquer serviço público que englobe cantinas", avança o coordenador da FESAHT, Luís Trindade. Contudo, os serviços mínimos de alimentação em hospitais públicos estão garantidos.

Fim da precariedade contratual, reduzão do horário de trabalho e aumento do salário mínimo em 150 euros são alguns dos pontos que os sindicatos e federações integrantes da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) querem ver discutidos em reunião com o Governo, numa altura em que é conhecido o Orçamento do Estado para 2025.

Nas palavras de Luís Trindade, o que acontece há mais de duas décadas é "assinaturas de instrumentos de regulamentação coletiva, que vem tirando direitos aos trabalhadores". Além disso, denuncia que as negociações destes contratos coletivos de trabalho não acontecem há 21 anos.

Banco de horas, retirada de retribuição e adaptabilidade horária são alguns doss direitos dos trabalhadores do setor público que, ao longo dos anos, foram desaparecendo. Além disso, a FESAHT diz que não existe nenhum tipo de "representatividade de trabalhadores filiados" nos sindicatos atuais.

"Todas as propostas que são feitas pela AHRESP têm como base o salário mínimo nacional, independentemente da sua categoria profissional", diz o coordenador.

Luís Trindade condena ainda qualquer tentativa de atentado à greve, uma situação que se suspeita acontecer no concelho de Cascais. "Há uma mobilização para que haja uma substituição ilegal dos trabalhadores em greve, com os auxiliares de saúde a fornecer as refeições", denuncia.

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