Greve na CP suprimiu 387 dos 537 comboios programados até às 12h00

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Até às 12h00, num comunicado enviado à Renascença, a CP indica que foram suprimidos 387 dos 537 que estavam programados.

Ao todo, o serviço regista que 72,1% das viagens programadas foram suprimidas.

Segundo o secretário-geral da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans), a greve dos trabalhadores da CP, convocada por vários sindicatos, está a ter uma adesão "praticamente total", indicando que apenas se cumpriram os serviços mínimos.

"Neste momento, aquilo que é a parte comercial [bilheteiras] da CP está encerrada e a circulação que se realizou foi aquilo que foi programado como serviços mínimos. De resto, não há nem mais circulação, nem se veem trabalhadores nos locais de trabalho", disse à agência Lusa José Manuel Oliveira.

O responsável, que falava pelo conjunto dos sindicatos que convocaram esta paralisação, disse ainda que as oficinas apenas começam a partir das 08h00 e que os serviços da área técnica e administrativa a partir das 09h00, pelo apenas depois dessas horas conseguirá ter dados sobre a adesão nesses locais.

Segundo o mesmo comunicado, dos 154 comboios dos serviços mínimos previstos, 150 foram realizados.

Na quinta-feira, a CP - Comboios de Portugal avisou que eram esperadas perturbações na circulação, em especial até sábado, e adiantou que a greve também poderá afetar as circulações do Comboio Histórico do Douro.

Os clientes com bilhetes para viajar nos comboios alfa pendular, intercidades, internacional e inter-regional podem pedir o reembolso total do mesmo ou a sua troca.

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Os reembolsos podem ser efetuados nas plataformas digitais da CP, até 15 minutos antes da partida do comboio da estação de origem do cliente, ou nas bilheteiras.

"Passado esse prazo, e até 10 dias após terminada a greve, pode ser pedido o reembolso através do preenchimento do formulário de contacto "online" "reembolso por atraso ou supressão", com envio da digitalização do original do bilhete", acrescentou.

O Tribunal Arbitral decidiu decretar serviços mínimos, de cerca de 25%.

Os trabalhadores reivindicam a valorização das suas carreiras, segundo um documento subscrito por mais de 10 organizações sindicais.

A decisão do Tribunal sobre esta paralisação e outra convocada entre os dias 27 de junho e 14 de julho inclui, além dos tradicionais serviços mínimos em comboios de socorro e transporte de mercadorias perigosas e bens perecíveis, uma lista de comboios que devem ser assegurados.

Destes, o serviço de longo curso contará hoje com cerca de 23% do serviço assegurado, os regionais com 25%, os urbanos de Lisboa com 25%, os urbanos do Porto com 25% e os urbanos de Coimbra com 24%.

A greve tem a adesão da Associação Sindical das Chefias Intermédias de Exploração Ferroviária (ASCEF), da Associação Sindical Independente dos Ferroviários da Carreira Comercial (ASSIFECO), do Sindicato Nacional dos Transportes, Comunicações e Obras Públicas (FENTCOP), do Sindicato Nacional dos Ferroviários do Movimento e Afins (SINAFE), do Sindicato Nacional Democrático da Ferrovia (Sindefer) e do Sindicato Independente dos Trabalhadores Ferroviários, das Infraestruturas e Afins (SINFA).

O Sindicato Independente Nacional dos Ferroviários (SINFB), o Sindicato Independente dos Operacionais Ferroviários e Afins (SIOFA), o Sindicato Nacional de Quadros Técnicos (SNAQ), a Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (Fectrans), o Sindicato dos Transportes Ferroviários (STF), o Sindicato Nacional dos Maquinistas dos Caminhos de Ferro Portugueses (SMAQ) e o Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Setor Ferroviário (SNTSF) também aderiram.

As estruturas sindicais entendem que as propostas da administração da CP não respondem à necessidade de valorização das carreiras de todos os trabalhadores da empresa.

[Notícia atualizada às 12h20]

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