Grupo iraniano tentou aceder a e-mails ligados às campanhas das presidenciais nos EUA

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O gabinete da tecnológica para as ameaças sobre dados alertou que o grupo ainda tem como alvo ativo pessoas associadas a Biden, Trump e à vice-presidente Kamala Harris, que substituiu o atual chefe de Estado como candidato democrata no mês passado.

A empresa afirmou que os alvos incluem atuais e antigos funcionários governamentais, bem como pessoas ligadas às campanhas presidenciais dos democratas e republicanos.

O novo relatório do Grupo de Análise de Ameaças da Google confirma e desenvolve um relatório da Microsoft divulgado na sexta-feira, que revelou suspeita de ciberataque por iranianos nas eleições presidenciais dos EUA deste ano.

O relatório da Google afirma que os seus investigadores detetaram e interromperam uma "cadência pequena, mas constante" de atacantes iranianos utilizando `phishing` de credenciais de e-mail, um tipo de ciberataque em que o atacante se apresenta como um remetente fiável para tentar fazer com que um destinatário de e-mail partilhe os seus dados de início de sessão.

Os autores do relatório destacam ainda que a Google observou o grupo a obter acesso à conta pessoal de e-mail de um consultor político de alto nível. A empresa reportou o incidente ao FBI (polícia federal norte-americana) em julho.

O relatório de sexta-feira da Microsoft partilhou informações semelhantes, referindo que a conta de e-mail de um antigo conselheiro sénior de uma campanha presidencial foi comprometida e transformada numa arma para enviar um e-mail de `phishing` a um alto responsável da campanha.

John Hultquist, analista-chefe da Google, garantiu ainda que o grupo iraniano conhece a equipa da Google e outros investigadores que combatem estes ataques e que não é a primeira vez que tenta interferir nas eleições norte-americanas.

O mesmo grupo iraniano atacou as campanhas de Biden e Trump com ataques de `phishing` durante a campanha de 2020, já em junho desse ano.

A campanha de Trump denunciou no sábado que foi alvo de um ciberataque e que documentos internos confidenciais foram roubados e distribuídos, atribuindo o ciberataque a iranianos.

No mesmo dia, o portal de notícias Politico noticiou que recebeu documentos internos da campanha de Trump pirateados por e-mail, embora não tenha ficado claro se os documentos estavam relacionados com os alegados ciberataques iranianos. O Washington Post e o The New York Times também receberam os documentos.

A Google confirmou que o grupo iraniano no seu relatório, nomeado APT42, é o mesmo da investigação da Microsoft, que se refere ao grupo como Mint Sandstorm.

A campanha de Harris recusou-se a dizer se identificou alguma tentativa de ciberataque, mas disse que monitoriza atentamente as ameaças cibernéticas e não tem conhecimento de quaisquer violações de segurança dos seus sistemas.

O FBI confirmou na segunda-feira que está a investigar o alegado ciberataque à campanha de Trump. Duas pessoas ligadas ao processo adiantaram à agência Associated Press (AP) que o FBI também está a investigar tentativas de obter acesso à campanha Biden-Harris.

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